A Direção-Geral das Artes (DGArtes) abre esta quinta-feira o processo de adesão à Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC), plataforma de circulação, divulgação e promoção da arte contemporânea.
Num comunicado disponível no seu site oficial, a DGArtes recorda que “podem solicitar a adesão à RPAC as entidades, sediadas em território nacional, que promovam atividades de valorização e dinamização da arte contemporânea, que assegurem um acesso público regular, que promovam uma programação cultural própria e que disponham de um orçamento de funcionamento e de condições técnicas necessárias para a produção de exposições e salvaguarda do património, próprio ou em depósito”.
Os pedidos de adesão são feitos através de um formulário que está disponível no site da DGArtes a partir de desta quinta-feira.
O diploma do Governo que criou a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, publicado em 11 de maio do ano passado em Diário da República, define-a como uma plataforma de dinamização que irá promover a interação de 120 instituições dispersas pelo país, já identificadas.
Este projeto em rede foi iniciado com a instalação do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra, a partir do conjunto das obras pertencentes à coleção do ex-Banco Português de Negócios (BPN), na mesma altura em que o Governo desencadeou um mapeamento dos espaços vocacionados para a arte contemporânea no território nacional.
Para poderem aderir à RPAC, as entidades interessadas “deverão, ainda, entre outros requisitos, assegurar que a sua atividade principal não é de natureza lucrativa e dispor de um regulamento interno e enquadramento orgânico adequado à sua tipologia, dimensão, capacidade técnica e estratégia programática”.
A RPAC, que é “de adesão voluntária” e será “configurada de forma progressiva”, “pretende ampliar o acesso e a divulgação nacional e internacional da arte contemporânea portuguesa, conferindo-lhe centralidade, capacitando os seus agentes, promovendo o trabalho em rede, reforçando a sua visibilidade pública e contribuindo para o desenvolvimento socioeconómico e coesão dos territórios, para o incremento de práticas de descentralização e para a correção de assimetrias”.