Os Mundiais de maratonas de canoagem, em Ponte de Lima, têm sido manifestamente positivos para a delegação portuguesa. A competir em casa, Portugal chegava a este domingo com seis medalhas conquistadas — e José Ramalho e Fernando Pimenta fizeram questão de garantir a sétima com uma vitória na corrida de K2.

A dupla portuguesa afastou a concorrência e conquistou a medalha de ouro na prova deste domingo. Esta é então a sétima medalha de Portugal nos Mundiais de maratonas depois do ouro de Fernando Pimenta na short race, do ouro em C1 na distância longa e bronze na short race da júnior Beatriz Fernandes, do bronze dos júniores Ana Pereira e Joel Miranda também em C1 e da prata de José Ramalho em K1.

Este sábado, precisamente nessa corrida de K1, Fernando Pimenta ficou no quinto lugar numa distância em que não competia há uma década e José Ramalho foi vice-campeão mundial pela terceira vez na carreira, falhando novamente o ouro. “É verdade, é a terceira vez. Já tenho 40 anos. Voltei a ser vice-campeão do mundo mas não posso ser ingrato. Durante a prova, houve um ou dois momentos em que vacilei, pensei que tinhas as coisas mal paradas, tive altos e baixos. Mesmo em segundo acabei num alto, até pensando que tinha a prova controlada na parte final porque senti-me mais forte do que eles. Posso ter pagado a fatura por defender demasiados ataques. Não alterava nada na prova que fiz, acho que correu tudo bem”, explicou aquele que o canoísta português mais bem sucedido nestas distâncias.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Os super heróis também têm limites: Ramalho vice-campeão mundial de maratonas, Pimenta em quinto (e muito emocionado)

Também este sábado, o sete vezes campeão da Europa antecipou a prova de K2 com Fernando Pimenta. “É a primeira prova internacional que vamos fazer em K2, a segunda juntos. O barco anda muito bem mas nunca se sabe. É mais uma prova, um objetivo dos dois. Estamos bem treinados, com a cabeça no sítio, vamos dar tudo. Seja qual for o resultado, quando acabarmos não vai haver Fernando ou Ramalho no final, será até ficarmos com a língua de fora”, defendeu. E foi mesmo.