A presidente da concelhia do PSD de Tondela desafiou esta terça-feira o PS a encontrar respostas para a falta de médicos e de um juiz para garantir o acesso à saúde e justiça no concelho.

O setor da saúde é um dos que mais debilidades apresenta, havendo problemas em quase todos os blocos de urgência, em particular nas áreas da obstetrícia e ginecologia, estando em cima da mesa propostas de encerramento de alguns blocos. Infelizmente, o nosso concelho não é exceção”, apontou Vera Machado.

Num comunicado de imprensa, a presidente da concelhia do PSD de Tondela, no distrito de Viseu, acrescentou que “os cuidados de saúde primários às populações atravessam hoje um momento de grande preocupação e incerteza”.

Vera Machado referiu que a Unidade de Saúde Familiar (USF) de Tondela, “por motivos diversos, tem hoje uma enorme falta de médicos, colocando em causa a prestação de assistência”, nomeadamente em Molelos.

“Atingiu um patamar de tal ordem grave, onde as consultas têm um caráter intermitente, havendo médico durante algumas horas por semana. A somar a esta falta de profissionais, não é possível a nenhum novo utente inscrever-se nesta unidade para obter médico de família, sendo aconselhados a deslocar-se para outros pontos do concelho”.

Também a USF de Canas de Santa Maria, freguesia de Tondela, “está com o mesmo problema, cujo reflexo é notório na extensão da Lajeosa do Dão, pois, à semelhança de Molelos, também não tem médico em permanência”.

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Na nota de imprensa, a social-democrata referiu que “há um conjunto de problemas transversais aos serviços públicos geridos pelo Estado central”, já que “as debilidades nas áreas essenciais do Estado central vão para além da saúde”.

“O Tribunal de Tondela não tem neste momento juiz e não há previsão para quando ocorra, ficando parados todos os julgamentos até data incerta, contrariando o princípio basilar da justiça, a celeridade”, acusou.

Neste sentido, a presidente do PSD questionou “até quando o Governo legitimado por uma maioria absoluta vai continuar a deixar degradar os serviços públicos”, nomeadamente na saúde e na justiça em Tondela.

Vera Machado destacou que, nesta situação, “os mais desprotegidos e vulneráveis vão continuar a ter despesas extras para terem uma consulta médica, fora da sua área de residência”.

“E o tribunal? Para quando a colocação de magistrado? Ou será este o mote para encerrar em definitivo o juízo de competência genérica?”, questionou a responsável, que “desafia o PS” para se juntar à comunidade na luta pelos serviços.

“A comissão política desafia o Partido Socialista a encontrar resposta para estas questões e para se associar à nossa comunidade nesta luta desigual, para que seja garantido o acesso universal à justiça e à saúde, porque viver no interior não pode ser uma fatalidade”.