Leslie Jordan, ator norte-americano conhecido pelos seus papéis em séries como “Will & Grace” e “American Horror Story”, morreu esta segunda-feira aos 67 anos num acidente automóvel.

De acordo com as autoridades policiais, o artista ter-se-á sentido mal quando conduzia em Cahuenga Blvd & Romaine St., embatendo na parte lateral de um prédio.

“O mundo é definitivamente um lugar muito mais sombrio hoje sem o amor e a luz de Leslie Jordan. Ele não era apenas um mega talento e alegria de trabalhar, como também forneceu um santuário emocional para a nação num dos seus momentos mais difíceis”, disse um representante do ator num comunicado enviado por e-mail à agência de notícias Associated Press.

“Saber que deixou o mundo no auge da sua vida profissional e pessoal é o único consolo que se pode ter hoje”, acrescentou.

Leslie Jordan nasceu 29 de abril de 1955 no Estado do Tennessee, e no início da década de 1980 mudou-se para Los Angeles onde começou uma carreira de quase quatro décadas no mundo da representação.

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Profissionalmente, o auge da sua carreira deu-se na série de comédia “Will & Grace”, onde interpretou Beverly Leslie, um socialite milionário. O papel viria a render-lhe um Emmy na categoria de Melhor Ator Convidado numa Série de Comédia, em 2006. Entre 2013 e 2019, foi possível vê-lo num outro registo, em vários papéis na série de terror de antologia “American Horror Story”.

Fora do pequeno ecrã, Jordan teve uma carreira de sucesso no teatro e no stand-up comedy. Mais recentemente, durante a pandemia, tornou-se num improvável caso de sucesso nas redes sociais, onde os seus vídeos cómicos no Instagram o viram chegar aos quase seis milhões de seguidores naquela rede social. Em 2020, disse ao The New York Times:

As pessoas vêm falar comigo na rua e dizem-me: ‘não o quero incomodar, mas tenho passado por momentos difíceis no confinamento, sem poder sustentar os meus filhos, e as suas publicações têm-me ajudado muito a ultrapassar as dificuldades’. Quando as pessoas te dizem coisas destas, percebes que a comédia é mesmo importante”.

Abertamente homossexual, foi desde sempre um ativista pelos direitos da comunidade LGBT+, associando-se, por exemplo, a causas de apoio às vítimas de VIH/Sida nos Estados Unidos. Em 2021, recebeu um prémio de carreira da Comunidade de Críticos de Entretenimento LGBTQIA+.