Um autocarro da Carris foi atingido esta segunda-feira à noite com pedras e um engenho pirotécnico no bairro da Ajuda, em Lisboa, nas imediações do quartel dos Bombeiros Voluntários.

Com parte das janelas estilhaçadas e as pessoas que seguiam a bordo “em pânico”, descreveu o Correio da Manhã (CM), que avançou a notícia, o motorista parou junto ao quartel e pediu ajuda aos bombeiros no local.

“Por volta das 21h35 parou à nossa porta um autocarro da Carris. O motorista pediu ajuda porque tinha pessoas feridas. A primeira informação que tínhamos é que o autocarro tinha sido alvejado com tiros. Hoje conseguimos apurar que o autocarro foi apedrejado e atingido por um engenho pirotécnico”, explicou entretanto esta terça-feira aos jornalistas Fernando Azevedo, o comandante dos Bombeiros Voluntários da Ajuda.

Duas pessoas, feridas com estilhaços, foram encaminhadas para o Hospital de São Francisco Xavier. Outras dez receberam apoio psicológico no local.

De acordo com a CNN Portugal, a Junta de Freguesia da Ajuda já repudiou o ataque e anunciou também que vai exigir um reforço da segurança na zona. Segundo o comandante Fernando Azevedo, na zona têm sido registados outros incidentes de violência, não tão graves — “Partem-se paragens de autocarro”, exemplificou —, que trazem preocupados polícia e poder local.

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A PSP está a investigar a ocorrência.

Carris pede reunião urgente ao MAI

A Carris vai pedir uma reunião urgente ao ministro da Administração Interna, foi esta terça-feira divulgado, depois de um autocarro ter sido apedrejado na segunda-feira à noite na Ajuda, em Lisboa, causando dois feridos.

“A Carris vai solicitar uma audiência com caráter de urgência ao ministro da Administração Interna no seguimento do apedrejamento contra um dos seus autocarros na última noite de segunda-feira, no Bairro da Ajuda, em Lisboa”, refere a empresa em comunicado.

A Carris agradeceu a “rápida intervenção” dos Bombeiros Voluntários da Ajuda e das forças de segurança.

A PSP anunciou entretanto que vai enviar para o Ministério Público (MP) as informações que dispõe sobre o apedrejamento a um autocarro da Carris. Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis) explica que acionou “todas as valências policiais”, mas que não foi “possível identificar os suspeitos” deste crime.

“Não obstante, os factos vão ser comunicados ao Ministério Público e prosseguirão as possíveis diligências para a identificação dos autores do arremesso [pedras]”, indica a nota.

*Notícia atualizada às 13 h 10 com novas informações sobre um pedido de reunião urgente ao MAI e às 20h28 com informações da PSP.