Em conferência de imprensa na Web Summit, Carlos Moedas prestou declarações perante a imprensa portuguesa e estrangeira. O arranque foi feito em português, mas rapidamente o presidente da Câmara Municipal de Lisboa passou para o inglês, para explicar a outros pontos do mundo aquilo que se está a passar com a Fábrica de Unicórnios.

Na sessão de abertura já tinha falado sobre como tinha sido considerado “um tolo” quando anunciou a ideia do projeto da Fábrica de Unicórnios. “Como acredito que é um processo, chamei-lhe uma fábrica, porque uma fábrica é um processo. A ideia está hoje em cena”, começou por explicar Moedas.

“Chamaram-me tolo”. Moedas traz à Web Summit a fábrica de unicórnios, o homem na lua e um apelo “aos que não sabem o que é o impossível”

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“No último ano, só a vender este projeto, fomos capazes de atrair muitos unicórnios internacionais bem conhecidos que decidiram estar em Lisboa. Isso foi um grande feito para o primeiro ano deste mandato”, vincou.

Moedas voltou a abrir as portas da capital a empresas de outras paragens — tal como já fez noutras ocasiões. “Lisboa tem de ser uma cidade aberta”, explicou, piscando o olho até ao que descreveu como o “aumento das relações com a Califórnia”.

Para Moedas, a “diversidade de pessoas é aquilo que cria inovação.” “Estou muito feliz e orgulhoso de que esta relação com a Califórnia tenha aumentado tanto”, acrescentou, a propósito de uma questão que até envolveu a expressão “California love”.

“Darei tratamento pessoal a todos os unicórnios que venham para a cidade”, garantiu o presidente da principal autarquia do país. “As empresas que vêm para Lisboa são como que um cliente muito importante, porque sei que estão a criar empregos.” E, na lógica de Moedas, “se criam empregos sei que vou ter mais jovens.” “Um presidente bem-sucedido é alguém que vai conseguir atrair estas empresas e criar empregos para os portugueses jovens e para quem está em Lisboa.”

Durante a conferência, Moedas até piscou o olho às empresas ligadas ao mundo dos criptoativos. “Há empresas do mundo cripto que vieram para Lisboa que estão a transformar o mundo. Para mim não tem a ver com a divisa, tem a ver com a tecnologia.”

“A inovação é justamente sobre isso – sobre atrair pessoas e dar-lhes condições. Acho que Lisboa pode ser um hub para blockchain e criptomoedas”, frisou, acrescentando que “é uma indústria muito interessante”.

Já no tema da tributação para as criptomoedas, disse que tem pouco voto na matéria, mas que espera seja algo adequado. “Sou um simples presidente da Câmara.”