Dois reclusos foram mortos na quarta-feira em confrontos prisionais no Equador, onde está em vigor o estado de emergência em duas províncias atingidas por crimes relacionados com a droga, após uma onda de ataques sangrentos.

Outros seis reclusos ficaram feridos na prisão de Guayas 1 em Guayaquil, disseram as autoridades prisionais.

À noite, o organismo responsável pela administração das prisões (SNAI) disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que “membros de grupos criminosos organizados estão a causar distúrbios” na prisão.

As duas mortes de quarta-feira somam-se às de seis pessoas, incluindo cinco agentes da polícia, assassinadas desde terça-feira numa série de ataques com explosivos e armas a esquadras de polícia, estações de serviço e um hospital em Guayaquil.

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“Ontem [terça-feira], fomos deliberadamente atacados por sabotagens e ataques terroristas orquestrados por narcotraficantes. Estes ataques procuraram instalar o medo e o caos, mas não tiveram êxito“, disse o Presidente do Equador, Guillermo Lasso, numa mensagem difundida na rádio e televisão, na quarta-feira.

Segundo as autoridades, a violência foi desencadeada pela transferência para outras instituições de mil reclusos da prisão de Guayas 1, controlada por narcotraficantes.

Uma situação que afetou igualmente outras prisões do país, nomeadamente na cidade costeira de Esmeraldas, perto da fronteira com a Colômbia, onde oito guardas chegaram a ser feitos reféns na terça-feira.

O Presidente declarou o estado de emergência nas províncias de Guayas e Esmeraldas e o recolher obrigatório até 16 de dezembro.