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O ainda Presidente do Brasil não desiste de se tentar manter no cargo depois da derrota nas eleições. Agora, Bolsonaro e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, deram seguimento a uma ação junto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tentando invalidar vários modelos de urnas, que consideram terem sido “comprometidas”.
De acordo com a nova alegação, citada pela Folha de S. Paulo, os diferentes modelos de urna têm um número de série idêntico, o que impediria o controlo e fiscalização dos equipamentos. Assim, Bolsonaro pede que sejam anulados os votos nestas urnas, “comprovadas as desconformidades irreparáveis do mau funcionamento” das mesmas.
A mesma ação judicial alega que os únicos modelos de urna auditáveis são as do modelo UE2020, que na segunda volta totalizaram 40,82% dos equipamentos utilizados. Nesse universo, sustenta, Bolsonaro teria vencido as eleições com 51,05% dos votos.
A ação judicial surge poucos dias depois de o presidente do PL ter afirmado num vídeo que não estava em causa uma anulação dos resultados, mas antes uma “revisão”.
Nada de ter nova eleição, nada de tumultuar a vida do país. Mas tem umas urnas que tem que ser revistas e nós vamos aí propor para o Tribunal Superior Eleitoral até terça-feira essa nossa nova proposta. Pelo estudo que nós fizemos, tem várias urnas que não podem ser consideradas”, argumentou.
Num acordão a que a Reuters teve acesso, o presidente do TSE Alexandre de Moraes exigiu a Bolsonaro e ao Partido Liberal que apresentem a sua auditoria completa dos resultados da primeira e da segunda volta num prazo de 24 horas, caso contrário a ação será rejeitada.
Esta mais recentemente movimentação do chefe de Estado brasileiro terá poucas hipóteses de ir longe, uma vez que o TSE já reconheceu a validade dos resultados eleitorais e a consequente vitória de Lula da Silva, para não falar do reconhecimento generalizado por parte da comunidade internacional.
No entanto, pode tornar-se mais uma acha para a fogueira dos protestos de apoiantes de Bolsonaro, que continuam a manifestar-se em vários pontos do país contra a derrota do seu candidato.