O Presidente colombiano Gustavo Petro juntou-se esta terça-feira aos apelos à libertação de Julien Assange, o fundador do WikiLeaks detido em Londres e acusado de “espionagem” pelos Estados Unidos.

Na sua conta no Twitter, o Presidente disse “apoiar a luta mundial pela liberdade do jornalista Julian Assange”, colocando uma foto do seu encontro na segunda-feira com dois representantes do WikiLeaks.

“Vou pedir ao Presidente [Joe] Biden, juntamente com outros presidentes latino-americanos, para que um jornalista não seja condenado apenas por ter dito a verdade“, acrescentou Petro, o primeiro Presidente de esquerda da história da Colômbia.

A Colômbia tem sido tradicionalmente o principal aliado dos Estados Unidos na América Latina.

O jornalista islandês Kristinn Hrafnsson, chefe de redação do WikiLeaks, estava entre os participantes na reunião com o chefe de Estado colombiano em Bogotá.

“Petro compreende perfeitamente a gravidade da situação de Assange e o perigo para a liberdade de expressão”, declarou aos media Hrafnsson após o encontro.

Em julho, o Presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador ofereceu “proteção e asilo” a Assange, alvo de uma investigação judicial nos Estados Unidos por ter publicado em 2010 mais de 700.000 documentos confidencias sobre as atividades militares norte-americanas, em particular no Iraque e Afeganistão, e que sugeria a prática de alegados crimes de guerra nos dois países invadidos.

O australiano de 51 anos arrisca até 175 anos de prisão nos EUA, caso seja acusado de espionagem. O Governo britânico já aceitou a sua extradição, mas Julian Assange recorreu da decisão.

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