O treinador do Real Madrid, o italiano Carlo Ancelotti, elogiou esta quinta-feira o avançado Cristiano Ronaldo, numa entrevista em que avalia o Mundial2022 de futebol, admitindo que não conhecia Gonçalo Ramos.
“Não me está a parecer um grande Mundial. Estou convencido que pouco ou nada vai ficar do Qatar2022”, afirmou Ancelotti, em entrevista ao jornal italiano Corriere dello Sport, destacando, na competição, “jogadores já conhecidos como Mbappé, Richarlison, Vinicius, Bellingham, Julián Álvarez, Guido Rodríguez e Bono, o guarda-redes marroquino que esteve muito bem no Sevilha, no ano passado”.
O treinador de 63 anos assinalou a “transição” que ocorre entre os avançados.
“Estão a terminar Ibra, Ronaldo, Suárez, Cavani, Messi e Benzema, que têm 35 anos, Lewandowski que os fará no ano que vem. O novo está representado por Mbappé, Richarlison, Haaland, Julián Álvarez e Darwin Núñez. A Gonçalo Ramos não o conhecida”, admitiu.
No entanto, o técnico, que orientou Ronaldo nos ‘merengues’, elogiou o capitão da seleção portuguesa.
“Provavelmente sente que tem 20 anos porque está bem, tem no seu corpo as respostas que procura. Sempre se cuidou de forma muito cuidada. No entanto, a concorrência cresceu em Portugal, uma equipa que começa com [Rafael] Leão no banco”, referiu.
Sobre o episódio da substituição de Ronaldo frente à Coreia do Sul, Ancelotti recorreu à sua experiência com o avançado.
“Treinei-o durante dois anos e tive zero problemas. Na verdade, era ele que me resolvia os problemas. Alguém que marca pelo menos um golo por jogo pode ser considerado um problema? O Cristiano treina muito bem, está atento aos detalhes, tudo isso foi fácil de gerir. É um jogador excecional. Comigo, terá feito 100 jogos e marcado mais de 100. Quem marca mais de 50 golos por época só pode ser bom para a equipa”, rematou.