O pedido foi feito pelas autoridades norte-americanas e as Bahamas acederam. O empresário Sam Bankman-Fried, fundador da FTX, empresa que faliu do dia para a noite, foi detido naquele arquipélago na segunda-feira, na véspera de ser ouvido no Congresso dos Estados Unidos sobre a queda da plataforma de criptomoedas.

SBF, como é conhecido, tinha-se mostrado disponível para a audição, na qual iria participar remotamente, segundo o New York Times. Agora, detido em Nassau, o empresário já não será ouvido. Não são conhecidos detalhes sobre o processo da extradição, mas poderá demorar semanas, caso o empresário se oponha ao pedido dos Estados Unidos.

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“A detenção de Sam Bankman-Fried aconteceu depois de recebermos uma notificação formal dos Estados Unidos”, explica um comunicado emitido pelo governo das Bahamas. Nessa notificação, as autoridades norte-americanas explicam que vão avançar com acusações criminais contra Bankman-Fried e que, provavelmente, será pedida a sua extradição.

Até que esse pedido formal chegue, o empresário será mantido sob custódia de acordo com a Lei de Extradição do país, esclareceu o procurador-geral daquele país das Caraíbas.

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos confirmou a detenção no Twitter. “No início desta noite, as autoridades das Bahamas detiveram Samuel Bankman-Fried a pedido do governo dos EUA, com base numa acusação selada apresentada pelo SDNY [Southern District of New York]. Esperamos abrir a acusação pela manhã e teremos mais a dizer nessa altura.”

Ao apresentar o pedido de insolvência, o empresário deixou o cargo de CEO, tendo dito por diversas vezes que nunca tentou cometer qualquer fraude.

Segundo as acusações, a FTX teve uma crise de liquidez depois de 10 mil milhões de dólares em fundos terem sido transferidos para uma outra empresa de Bankman-Fried. A transferência terá sido feita pelo próprio, em segredo. Não é certo se os credores da empresa irão recuperar a totalidade (ou até parte) do seu investimento.