O momento era de celebração e a festa foi monumental, mas também acabou por ter resultados trágicos. Durante os caóticos festejos na Argentina, graças à vitória no Mundial do Qatar, um jovem de 24 anos que caiu de um telhado  acabou por morrer, outro jovem de 22 anos morreu asfixiado pela própria bandeira que levava consigo e um menino de cinco anos, atingido na cabeça por um pedaço de mármore, ficou em coma.

A imprensa argentina dá por estes dias conta do caos que se viveu nas ruas de várias cidades, incluindo Buenos Aires, onde os festejos foram “massivos”. E foi lá, no hospital Fernández, que um jovem de 24 anos acabou por morrer, adianta a agência estatal Télam.

Segundo a agência, o jovem recebeu assistência médica depois de ter caído de um telhado, no decorrer dos festejos do Mundial, tendo sido internado logo na madrugada de segunda-feira, 19 de dezembro, “devido a uma queda em altura, no contexto dos festejos massivos que aconteceram em Buenos Aires”, citando fontes do ministério da Saúde argentino.

O traumatismo craniano provocado pela queda acabaria por resultar num quadro de morte cerebral, fatal para o jovem adepto, explica a agência.

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Também em Buenos Aires, um jovem de 22 anos que estava a deslocar-se de mota para as celebrações acabou por morrer enforcado com a própria bandeira, por acidente.

Segundo os jornais argentinos, o rapaz levava a bandeira atada ao pescoço. Esta acabou por se enredar na roda da mota, deixando-o sem conseguir respirar e acabando por perder o controlo da mota e cair. Os paramédicos não conseguiram salvá-lo.

No meio das histórias do caos das celebrações soma-se outro caso preocupante: o de um menino de cinco anos que ficou em coma depois de ter sido atingido na cabeça por um pedaço de mármore que se soltou de um monumento, também durante os festejos, conta o jornal La Nación.

A criança estava a festejar com a sua família na Plaza San Martín, em Buenos Aires, onde se encontra o monumento a Juan Domingo Perón, que se despedaçou durante as celebrações. O menino foi levado para o Hospital Interzonal Especializado Materno Infantil, onde foi examinado por ter sofrido também um traumatismo craniano grave, tendo acabado por entrar em coma.

O mesmo jornal dá nota do caso de um homem que também recebeu assistência hospitalar e estará em estado grave por ter sido atacado com uma facada no braço direito durante os festejos, o que resultou numa “hemorragia massiva”, tendo sido levado para o Hospital Interzonal General de Agudos. Foi o resultado de um dos vários incidentes mais agressivos registados entre adeptos durante as horas em que quatro milhões de pessoas se concentraram nas ruas, e pelo menos duas dezenas ficaram feridas.

A concentração de pessoas foi de tal forma impressionante que a seleção teve mesmo de fugir a voar, isto é, de helicóptero. O autocarro da seleção, rodeado por um forte cordão policial, foi engolido pela multidão e o Ministério da Justiça e Segurança de Buenos Aires acabou por decidir cortar algumas vias da cidade para instalar áreas operacionais em que as forças de segurança e serviços de emergência pudessem trabalhar.

A noite acabou, aliás com confrontos entre a polícia e os adeptos quando a força de segurança tentou desmobilizar a multidão para retirar um adepto que tinha escalado o Obelisco, no centro da praça principal da capital. A polícia acabou por usar balas de borracha, tendo havido cerca de vinte feridos e outros tantos detidos.

Texto atualizado com informações sobre a segunda morte nos festejos e os confrontos entre polícia e adeptos às 12h46