O fundador da plataforma de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried, vai ser libertado sob fiança de 250 milhões de dólares, depois de ser detido na semana passada sob acusação de fraude em ligação à queda da empresa.
Dois sócios do fundador da plataforma de criptomoeda FTX declaram-se culpados de fraude
O empresário, de 30 anos, será obrigado a usar uma pulseira eletrónica, ficando em prisão domiciliária na casa dos pais, em Palo Alto, Califórnia, e terá de submeter-se a aconselhamento psicológico. Além disso, terá de enregar o passaporte e ficará impedido de abrir novas linhas de crédito e negócios enquanto aguarda julgamento ou envolver-se em transações acima de mil dólares sem a autorização do governo. Segundo a CNBC, estas foram as condições acordadas entre os procuradores e os advogados para a sua libertação.
“O senhor Bankman-Fried perpetrou uma fraude de proporções épicas“, afirmou o procurador Nicholas Roos, adiantando que as provas contra o empresário incluem a cooperação de várias testemunhas e funcionários das suas companhias, bem como mensagens encriptadas.
De acordo com a CNN, o empresário só falou uma vez durante a sessão, respondendo um “sim” quando o juiz lhe perguntou sobre as consequências que iria enfrentar se não pagar o valor da fiança. A próxima sessão já tem data marcada e decorrerá no dia três de janeiro.
Sam Bankman-Fried foi detido na segunda-feira nas Baamas e extraditado para os Estados Unidos na quarta-feira à noite. Os procuradores federais acusam-no de oito crimes, incluindo fraude, conspiração e lavagem de dinheiro. O jovem empresário já declarou não ter tido a intenção de cometer fraudes e disse ainda não saber exatamente o que se passava numa das suas empresas, a Alameda Research.
Dois dos seus sócios já se declararam culpados de fraude bancária, entre outros crimes. Gary Wang, co-fundador da FTZ, e Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda Research, estão agora a cooperar com as autoridades.