A 31 de Dezembro, a Audi vai regressar ao Dakar com o seu RS Q e-tron, um curioso buggy com tracção integral. Em grande parte, a curiosidade reside no facto de se tratar de um carro de competição eléctrico, mas que, devido à óbvia dificuldade em encontrar postos de recarga no meio do deserto, está equipado com um motor de combustão que acciona um gerador, de onde sai a energia que alimenta os dois motores que fazem mover o modelo. Oficialmente, trata-se de um híbrido com extensor de autonomia e depois de, na edição do ano passado, os três buggies à partida terem cortado a linha de chegada, alcançando a 9.ª posição e vencendo quatro das 14 etapas da prova, o construtor alemão espera ir ainda mais longe na edição de 2023.

A Carwow conseguiu ter acesso ao buggy de competição e resolveu compará-lo com o mais rápido dos desportivos da Audi homologado para circular na via pública, o Audi RS e-tron GT. Esta berlina desportiva com quatro portas, cinco metros de comprimento e 2420 kg de peso é movida por dois motores eléctricos que somam 646 cv e são alimentados por uma bateria de 93,4 kWh, o que lhe permite ir de 0-100 km/h em apenas 3,3 segundos, para depois atingir 250 km/h se continuarmos a acelerar, valor a que está limitada electronicamente.

O veículo que a Audi leva ao Dakar deste ano é uma evolução da utilizada na época de estreia, por isso mesmo denominado RS Q e-tron E2. Com um motor eléctrico por eixo (herdado dos Fórmula E), o buggy conta com 358 cv e um peso em torno das 2,2 toneladas (com pilotos e combustível), mesmo se transporta a bordo uma bateria com 52 kWh de capacidade e 370 kg. Para produzir corrente, o modelo de competição recorre a um motor que a marca utiliza nos veículos de estrada, o 2.0 TFSI a gasolina, que este ano consome e-fuel 80% sustentável. É este motor de combustão que produz a electricidade que depois é armazenada na bateria, sendo esta utilizada para os momentos em que os motores querem mais energia do que a proporcionada pelo motor/gerador. Veja no vídeo quem foi o mais rápido, sobretudo depois de os engenheiros descobrirem mais uns “cavalitos” no buggy.

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