(Em atualização)

A ministra do Trabalho diz que a taxa de precariedade está a diminuir: atingiu os 16,2% em 2022, quando em 2015 era de 22%. Mas Ana Mendes Godinho reconhece que há “ainda muito para fazer”, para conseguir atrair e reter talento. Esse tem de ser um “compromisso conjunto”.

Os dados foram divulgados durante uma conferência de imprensa de balanço das atividades nas áreas da economia, finanças públicas e emprego. Segundo a ministra, os contratos precários recebem, em média, 75% dos contratos permanentes.

Este ano, indicou, Portugal atingiu um número recorde de trabalhadores com contratos sem termo — 3,5 milhões de pessoas, mais 100 mil face a 2021, e mais 586 mil face a 2015. Há, ao mesmo tempo, menos 20 mil trabalhadores com contratos a termo, logo precários, face a 2021.

Quanto ao desemprego, Ana Mendes Godinho frisa que atingiu o número mais baixo de sempre, em 2022 (5,8%). Isso tem um efeito nos salários, que em termos médios, subiram 5% até novembro, no caso dos ordenados declarados à Segurança Social. A argumentação do Governo é que o aumento do salário mínimo tem feito aumentar os salários médios.

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144 mil estrangeiros querem vir trabalhar para Portugal

Em dois meses, 144 mil estrangeiros inscreveram-se no Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) para virem trabalhar para Portugal, disse a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, esta sexta-feira.

Ao longo do último ano foram estabelecidos vários acordos de mobilidade, entre eles com Marrocos, Cabo Verde e Índia, “para que o acolhimento e a integração dos trabalhadores seja feita de forma organizada, com trabalho digno. Foi ainda criado um novo visto para a procura de trabalho.

Nos últimos dois meses, 144 mil estrangeiros inscreveram-se no IEFP, “sinalizando a sua vontade de vir trabalhar para Portugal”. Segundo a ministra, em novembro deste ano, estavam registados na Segurança Social (e, portanto, a descontar) 630 mil estrangeiros. Em 2015, eram 100 mil. Esta evolução “mostra bem a mudança na forma como olhamos para os estrangeiros em Portugal”.