O presidente da FIFA sugere que todas as federações que formam o organismo batizem um estádio do país com o nome de Pelé. Gianni Infantino está presente nas cerimónias fúnebres do antigo jogador que decorrem no Estádio Vila Belmiro, casa do Santos, clube que o brasileiro representou durante grande parte da sua carreira.

“Pelé é eterno. É claro que vamos homenagear o Rei como merece. Vamos pedir a todas as federações do mundo um minuto de silêncio em cada jogo. O que posso dizer é que vamos pedir também aos 211 países que compõem a FIFA que nomeiem um estádio com o nome de Pelé. Creio que os jovens no mundo inteiro, as futuras gerações, têm de saber e lembrar quem era Pelé, a alegria que deu ao mundo. Daqui a 20, 30, 50 anos, quando marcarem golos no Estádio Pelé, as crianças vão saber que era um grande jogador de futebol que nos emocionou”, explicou o líder do organismo que tutela o futebol Mundial.

As exéquias de Pelé, abertas ao público, tiveram início esta segunda-feira e prolongam-se até amanhã com a realização de um cortejo pelas ruas de Santos, passando pelo local onde vive a mãe do antigo internacional canarinho, até o corpo ser enterrado, num cemitério com vista para o Vila Belmiro, numa cerimónia reservada à família. Milhares de pessoas fazem fila junto ao estádio para prestarem uma última homenagem à lenda do futebol.

Infantino enalteceu uma figura que marcou o futebol Mundial. “Pelé fez coisas que 99% das pessoas podem sonhar fazer e só 1% faz. Hoje, estamos a passar por uma enorme tristeza, mas mantemos a alegria que é a alegria do sorriso de Pelé. É muito importante que toda a gente se lembre desta pessoa incrível. Teve a oportunidade de fazer algo que muito pouca gente fez e isso não tem preço”.

Pelé faleceu na quinta-feira, aos 82 anos, no hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, devido à “falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do cancro do cólon associado à sua condição clínica prévia”, disse o estabelecimento de saúde. O único jogador a vencer três Mundiais é recordado por Infantino como o “responsável por muita gente se apaixonar por futebol”.