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Os serviços de informações do Brasil informaram as autoridades brasileiras, com várias horas de antecedência, sobre os planos dos manifestantes para invadir a Esplanada dos Ministérios e os edifícios-sede dos poderes executivo, legislativo e judiciário em Brasília, noticia o jornal O Globo.

Segundo aquele jornal, logo na manhã de domingo, horas antes do início da violência, agentes da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) detetaram que vários dos participantes no acampamento pró-Bolsonaro, que já decorria há várias semanas em frente à sede do Exército brasileiro, estavam a organizar uma deslocação para a chamada Praça dos Três Poderes, onde estão o palácio presidencial, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso.

Esses elementos estariam a convocar outros manifestantes para se juntarem a eles numa tentativa de invadir as sedes dos três poderes da democracia brasileira.

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O alerta da ABIN foi enviado, entre outras entidades, à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, organismo sob jurisdição do governador Ibaneis Rocha, afastado esta segunda-feira, por indicação do Supremo Tribunal Federal.

Segundo o Globo, a ABIN já tinha enviado vários vários alertas às autoridades do Distrito Federal desde novembro, altura em que começou o acampamento pró-Bolsonaro em Brasília. Com especial enfoque nos mais radicais dentro do movimento, a ABIN enviou relatórios frequentes na última semana e, na manhã de domingo, enviou um último alerta com o aviso expresso: havia planos para saques e violência nos edifícios dos Três Poderes.

Contudo, e apesar de o alerta ter sido enviado com várias horas de antecedência, o dispositivo policial mobilizado foi manifestamente insuficiente para o cenário que se preparava — e os manifestantes conseguiram entrar nos edifícios com facilidade.

Esta segunda-feira, já tinham sido detidas cerca de 1.500 pessoas na sequência da invasão violenta.