Já passou praticamente um mês desde que a Argentina, no dia 18 de dezembro do ano passado, venceu França e conquistou o Mundial do Qatar. Ou seja, já passou praticamente um mês desde que Enzo Fernández, a par de Otamendi, se tornou um dos dois primeiros jogadores a sagrar-se campeões mundiais enquanto parte integrante de uma equipa portuguesa. Mas Enzo, ao contrário de Otamendi, teve de esperar um pouco mais para ser congratulado pelos adeptos.
Benfica with a celebration for Enzo Fernández for having won the World Cup.pic.twitter.com/CRemRRf8bH
— Roy Nemer (@RoyNemer) January 15, 2023
Se o central levou a medalha de ouro para o relvado da Luz há mais de uma semana, na receção ao Portimonense na jornada anterior, o médio teve de esperar até este domingo para ouvir os aplausos e ser homenageado pelas bancadas. Antes do apito inicial do dérbi contra o Sporting, Enzo surgiu em campo com a medalha ao pescoço, ouviu o speaker recordar os adeptos do feito alcançado pelo jogador e foi ovacionado, agradecendo na mesma moeda e com aplausos.
O motivo das homenagens separadas, como é fácil recordar, está relacionado com a questão disciplinar que afastou o médio argentino da tal receção ao Portimonense. Já depois de regressar do Mundial e de defrontar o Sp. Braga na Pedreira enquanto titular, Enzo voltou a Argentina para passar o Ano Novo sem autorização do Benfica, faltou aos dois primeiros treinos do ano e recebeu um ultimato por parte do clube para que se apresentasse no Seixal. Regressou no dia seguinte, altura em que as negociações de uma eventual saída para o Chelsea também esfriaram, assistiu à vitória frente aos algarvios na bancada e sem sequer integrar a ficha de jogo.
Voltou à equipa durante a semana, marcando um golo na vitória contra o Varzim que valeu a passagem aos quartos de final da Taça de Portugal, e este domingo foi titular e cumpriu os 90 minutos no dérbi contra o Sporting. Numa altura em que o dossiê da saída de Enzo ficou algo congelado — não só porque o Chelsea tirou o pé do acelerador mas também porque os blues já gastaram dezenas de milhões com o empréstimo de João Félix e a contratação de Mykhailo Mudryk –, o médio argentino parece ter finalmente completado a redenção.
“Precisamos do Enzo para sermos campeões”, garante Roger Schmidt