Meia centena de empresas com faturação superior a 55 milhões de euros vai assinar, esta quinta-feira, um pacto para promover um reforço do emprego jovens e das condições de emprego atrativas para este segmento etário.

O Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens, promovido pela Fundação José Neves e pelo Governo, estipula que as empresas se comprometem, até 2026, “a reforçar a aposta em diversos indicadores, nomeadamente a contratar e a reter jovens trabalhadores, a garantir emprego de qualidade para os jovens, a formar, desenvolver e a dar voz aos jovens”.

Entre as 50 empresas incluem-se a Altice, a Bial, o BPI, a Brisa, os CTT, a EDP, a Galp, a NOS, a REN, o Santander, a SIBS ou a The Navigator Company. “As entidades signatárias do Pacto reconhecem a urgência em atuar de forma estratégica e em unir esforços no sentido de promover o emprego dos jovens e de criar condições de emprego mais atrativas para estes, alinhadas com as expetativas individuais e nacionais“, explica a José de Neves, em comunicado.

Segundo esta informação, “a secretaria de Estado do Trabalho propõe reforçar as políticas ativas de emprego, como o apoio à criação de emprego e à transição dos jovens para o mercado de trabalho, assim como a implementação de políticas de formação, qualificação e emprego, para continuar a trajetória que aproxime Portugal da média europeia”.

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Além do compromisso em aumentar a percentagem de jovens nas novas contratações e nos que ficam nas empresas, estipula-se o compromisso de garantir emprego de qualidade, refletido no aumento da “percentagem de jovens com ensino superior com salários de valor mínimo equivalente ao nível remuneratório correspondente à entrada na carreira geral de técnico superior” e “a percentagem de jovens trabalhadores com contratos sem termo”, bem como a “aumentar a percentagem de jovens com ensino superior que desempenhem funções adequadas ao seu nível de qualificação”.

Está previsto também “assegurar que, pelo menos, 50% dos jovens trabalhadores participaram em ações de formação efetivas com o apoio da empresa, nos três anos anteriores a 2026”, bem como “integrar estagiários jovens na empresa e/ou criar oportunidades para formação em contexto de trabalho para alunos que estão em formação profissional no ensino secundário ou superior”, assim como “dar voz aos jovens” nas empresas.

O pacto, que surge na sequência do lançamento do “Livro Branco” pela fundação em dezembro do ano passado, prevê uma reunião semestral para “monitorização, análise do trabalho realizado e partilha de boas práticas”, com a presença do Presidente da República, do Governo e das empresas.

O objetivo é alargar o número de empresas signatárias, para “transformar esta iniciativa num movimento nacional”, pelo que a adesão ao pacto poderá ser feita posteriormente no site da Fundação José Neves.

São considerados os jovens até aos 29 anos, inclusive, e as metas de progresso até 2026 são diferenciadas de acordo com a margem de progresso potencial de cada empresa, pelo que os compromissos de progresso poderão variar entre os três pontos percentuais (pp.) e os 12 pp. nos vários indicadores, explica a fundação.