A galeria This is Not a White Cube, que divulga o trabalho de artistas lusófonos, está entre as 134 de 25 países da edição dos 25 anos da feira Art Paris, a partir de 30 de março, na capital francesa.

Este ano, em edição de aniversário, o certame dedicado à arte moderna e contemporânea decorrerá no Grand Palais, em Paris, até 2 de abril, tendo como temas a relação entre arte e compromisso, numa perspetiva do meio artístico francês, e também a questão do exílio, segundo a organização.

De Portugal, estará a galeria This is Not a White Cube, com espaços em Lisboa e Luanda, inserida na secção “Promessas”, focada em jovens galerias, sobretudo estrangeiras.

A This is not a White Cube abriu como galeria de arte contemporânea em Luanda, em 2016, e arrancou com projetos em Portugal em 2019, representando atualmente cerca de 30 artistas.

Em 2021, inaugurou um novo espaço, no Chiado, com uma exposição do trabalho do artista santomense René Tavares, intitulada “In Memory We Trust”.

A Art Paris, fundada em 1999, reunirá este ano 60% de galerias de França e as restantes de outros 24 países, com 33% de renovação, ou seja, 44 novas entradas no certame, segundo a organização.

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Entre as estreias vão estar a Saleh Brakat (Líbano), as Woong, Simon, e 3013 Art Project (Coreia do Sul), Afriart (Uganda), Gaep (Roménia), Marcht Art Project (Turquia) e Comptoir des Mines (Marrocos).

Na secção Arte & Compromisso, o curador marroquino Marc Donnadiei vai partilhar a sua visão sobre a cena artística francesa através de uma seleção de 20 artistas de diferentes gerações, que revelarão o seu compromisso para com a obra de arte, a História e os acontecimentos do mundo atual.

A outra secção principal da feira, dedicada ao exílio, terá curadoria de Amanda Abi Khalil, que selecionou 18 artistas de galerias participantes, para explorarem o tema.

Em ambas as seleções entrarão artistas representados pela galeria Jeanne Boucher Jeager, fundada em 1925, que revelou a artista portuguesa Maria Helena Vieira da Silva, em Paris, e abriu um espaço em Lisboa, em 2017.

O programa expositivo compreende ainda as secções “Solo Show”, com 14 projetos individuais, e a “Duo Show”, com projetos de cerca de uma dezena de galerias, referentes a diálogos entre obras de artistas consagrados.