Depois da surpreendente vitória do Everton na receção ao Arsenal, o Wolverhampton estava em zona de despromoção à entrada para a jornada 22 da Premier League. Uma vitória no Molineux, diante do Liverpool, valia respirar de novo fora dos lugares de despromoção. Os portugueses José Sá, Nélson Semedo, Matheus Nunes e Rúben Neves, bem como o espanhol, ex-Sporting, Pablo Sarabia, estiveram no onze inicial de Julen Lopetegui que ao intervalo já ganhava por 2-0. Podence e Moutinho ficaram no banco.

Numa época em que o Liverpool tem dado tiros nos próprios pés, o lugar comum ganhou um sentido mais literal quando Joel Matip (5′) introduziu a bola na própria baliza, deixando a equipa que entrava em jogo na décima posição da Liga Inglesa em desvantagem. O reforço de inverno dos Wolves, Craig Dawson (12′), proveniente do West Ham, assinalou a estreia no novo clube com um golo que deu uma preciosa vantagem no final dos primeiros 45 minutos.

A resposta veio dos pés do antigo jogador do Benfica, Darwin Nuñez, que, na cara de Guaita, proporcionou uma grande intervenção a José Sá. Darwin que voltou a ser titular no Liverpool, integrando um trio de ataque composto ainda por Gakpo e Salah. O antigo jogador do Benfica disse esta semana que ainda aguarda o momento para explodir ao serviço dos reds e comparou-se ao antigo avançado da equipa da Premier League, Luis Suárez, com quem partilha a nacionalidade uruguaia. “Obviamente, ainda tenho muita coisa a trabalhar, como por exemplo a minha finalização. Acho que está a acontecer-me o mesmo que a Suárez. No segundo ano, ele rebentou. Aconteceu-me o mesmo no Benfica. O primeiro ano correu-me muito mal e, no segundo, explodi. Aqui, acho que o mesmo está a acontecer, espero que a próxima época seja assim. Vou dar o melhor de mim e esperar que tenha um pouco de sorte”, admitiu em entrevista à Sky Sports perante as críticas que enfrente no atual clube.

O Wolverhampton não mostrava sinais de se acomodar e, perante o que a partida foi proporcionando, houve espaço para Adama Traoré explorar em velocidade, como tanto gosta. Ao aliar a rapidez à capacidade de definição, o espanhol cruzou rasteiro para Rúben Neves (71′) que finalizou para o 3-0 com que o Liverpool prolongou uma série de quatro jogos sem ganhar na Premier League.

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Também em Old Trafford não foi preciso esperar muito para ver golos. O defesa do Crystal Palace, Hughes foi penalizado por ter colocado a mão na bola dentro de área. O árbitro, Andre Marriner, consultou o VAR e Bruno Fernandes (7′) foi até à marca de grande penalidade dar a vantagem ao Manchester United. Se o médio se fazia notar dentro das quatro linhas, fora delas Diogo Dalot sentou-se no banco de suplentes, perto do reforço garantido no último dia de mercado, Marcel Sabitzer, que viria a somar os primeiros minutos na equipa de Erik ten Hag.

Quando o austríaco entrou, os ânimos quentes já tinham motivado acontecimentos relevantes para o desfecho do jogo. Rashford (63′) alargara a vantagem do Manchester United num exímio lance de ataque dos red devils, onde várias triangulações ao primeiro toque conduziram a um remate confortável do inglês.

O Crystal Palace ainda tentou levar o que podia do encontro e elevou o nível físico nos duelos. Schlupp acertou com veemência em Antony junto da linha lateral e o caldo entornou-se. Confusão entre os jogadores e, no meio dos empurrões, Casemiro acabou a apertar o pescoço a Hughes. O VAR, novamente, analisou e recomendou a expulsão do brasileiro do United. O Palace aproveitou a superioridade numérica para, através de Schlupp (76′), reduzir para 2-1 e relançar a luta pelo resultado. Ainda assim, o Manchester United ficou com os três pontos.