O processo de privatização da companhia aérea TAP irá “em breve” ao Conselho de Ministros, disse esta segunda-feira, 6 de fevereiro, o ministro das Finanças, Fernando Medina.
“Espero poder em breve apresentar ao Conselho de Ministros o arranque do processo de privatização da TAP“, disse o ministro, em Madrid, numa conferência de imprensa ao lado da ministra dos Assuntos Económicos de Espanha, Nadia Calviño.
Medina afirmou que, devido ao “muito bom desempenho que a TAP está a ter” – “um desempenho muito acima das perspetivas relativamente ao cumprimento do plano de reestruturação” -, este é “um bom momento para o Governo avaliar e decidir relativamente ao curso da privatização da companhia”.
Segundo o ministro, esta é “a principal conclusão” do “trabalho exploratório” e “indicativo” de um “pré-estudo de mercado junto de potenciais investidores” que a TAP já fez para “precisamente aferir o que seriam e o que são as perspetivas de investimento” de eventuais interessados na empresa.
“O Governo está a desenvolver os trabalhos prévios e necessários para poder dar início ao processo de privatização da TAP, o que faremos com a brevidade possível, mas também com a atenção necessária a um processo desta dimensão e desta exigência”, disse o Fernando Medina, antes de afirmar a intenção de em breve levar o dossiê ao Conselho de Ministros.
João Galamba, ministro das Infraestruturas, já tinha feito saber que o próximo estaria para breve: “Vamos entrar numa fase muito delicada que é a negociação da abertura de capital da TAP”, tendo deixado, no final da semana passada, um apelo (e numa altura em que vai começar uma comissão de inquérito sobre a TAP, aprovada esta sexta-feira no Parlamento) aos responsáveis políticos “para que entendam a importância de que este processo de reestruturação corra com normalidade.”
Fernando Medina esteve esta segunda-feira em Madrid para participar numa conferência sobre o futuro das políticas económicas e financeiras europeias com a ministra espanhola Nadia Calviño, organizada pelo Instituto Elcano de Estudos Internacionais e Estratégicos. Os dois ministros tiveram a seguir um encontro bilateral.