O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, defendeu esta segunda-feira que o incêndio da Mouraria, em Lisboa, em que morreram duas pessoas, deve servir para sacudir consciências, sublinhando que “habitação digna é um direito de todos”.

Na noite de sábado, um incêndio deflagrou num prédio no bairro lisboeta da Mouraria, provocando dois mortos, de nacionalidade indiana, e 14 feridos, todos já com alta hospitalar.

O incêndio no edifício, habitado essencialmente por cidadãos indianos, afetou 25 pessoas, 24 residentes e um não residente, deixando 22 desalojados, além da morte de dois cidadãos indianos, um dos quais um jovem de 14 anos.

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De acordo com declarações da diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), Margarida Castro Martins, esta segunda-feira à Lusa, “neste momento, foram realojadas 13 pessoas” pela Santa Casa da Misericórdia, numa pensão da cidade, tendo os restantes encontrado solução por modo próprio.

Para esta segunda-feira está também agendado o atendimento destes cidadãos para saber que apoios vão poder ter e as soluções de residência, segundo a responsável.

De acordo com a última atualização do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), até agora apurou-se que viviam no prédio, no bairro da Mouraria, dois cidadãos belgas, dois argentinos, dois portugueses, três bengalis e 15 indianos.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, esteve no local na noite de sábado e garantiu que todos os desalojados seriam apoiados, lamentando as duas mortes.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou com Carlos Moedas na mesma noite para se inteirar da situação, lamentando igualmente a perda de vidas.

Todas as pessoas internadas em hospitais tiveram alta, durante a noite de sábado e no domingo, e foram assistidas essencialmente por inalação de fumos, disseram as autoridades hospitalares.