Já não são tão poucos como isso, são bons no que fazem. Salt Lake City juntou este fim de semana o melhor do basquetebol mundial no All-Star Game e com um total de seis portugueses que tiraram uma fotografia juntos que não demorou a fazer furor entre os adeptos nacionais da modalidade: Neemias Queta, primeiro português a jogar na NBA; Rúben Prey, jovem de 17 anos que joga há três anos em Espanha e que foi um dos 40 escolhidos para o Campo Global “Basquetebol sem Fronteiras”; Ticha Penicheiro e Mery Andrade, antigas jogadoras da WNBA sendo que a primeira chegou ao Hall of Fame e é hoje agente; Inês Vieira, jogadora dos Utah Utes da Universidade de Utah; e Carlos Barroca, vice-presidente das operações da NBA na Ásia. Aos poucos, o contingente português nos EUA vai aumentando. E com Neemias a reforçar a sua posição.

Convocado para o primeiro encontro Next Up Game, que juntou os melhores jogadores da G League no Jon M. Huntsman Center em Salt Lake City (muito próximo do Vivint Arena que recebeu o All-Star Game entre a Team LeBron e a Team Giannis, com Jason Tatum a ser a grande figura com 55 pontos no triunfo por 184-175), o poste português foi o melhor marcador da equipa de Scoot Henderson, que perdeu com a formação de Luka Garza por 178-162. E houve de tudo um pouco por parte de Neemias numa noite de sonho.

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O número 88 dos Stockton Kings terminou a partida com 22 pontos (dez em 12 de lançamentos de campo), nove ressaltos, cinco assistências e um desarme, tendo mesmo convertido um triplo na única tentativa de fora que teve entre vários afundanços que caíram no goto dos espectadores, a começar por uma das maiores figuras de sempre da NBA nas últimas décadas, o poste agora comentador Shaquille O’Neal.

“Tentei ao máximo aproveitar a oportunidade, é uma vez na vida, tentar divertir-me e dar um bom show também para os adeptos que viram o jogo. Foi um jogo divertido, que a mim também me disse muito porque voltei à minha cidade, com pessoas que estiveram comigo na faculdade. Foi especial também por isso. Ser considerado um dos melhores da G League é uma grande honra, mostra que estou preparado para subir à equipa principal para ajudar mas ao mesmo tempo desenvolver o meu talento. Estar num fim de semana All-Star é uma grande motivação, uma boa oportunidade e experimentar estes ambientes”, comentou o jogador português de 23 anos dos Sacramentos Kings no final da partida.

“O que mais gostei além do jogo? Da forma como os fãs interagem connosco e também de uma espécie de ambiente mágico que se cria, é único. Resto da época? Tentar continuar a ganhar jogos e chegar o mais longe possível no playoff, seja na NBA ou na G League. Falo muito com a equipa, dizem para continuar e para estar preparado para quando chegar a oportunidade. Estamos a ir muito bem na NBA mas ao mesmo tempo ainda temos muito para evoluir. Encontro com a Ticha? Ela diz muito a nós portugueses e ao basquetebol, foi bom. Queria há muito conhecê-la e estar aqui com ela”, acrescentou ainda Neemias, que renovou esta temporada pelos Sacramento Kings num contrato two-way com os Stockton Kings.

Os elogios ao poste que antes passou pelos Utah State Aggies vieram também de cima, neste caso com alguns jogadores dos Sacramento Kings que têm sido uma das grandes revelações da temporada. “É incrível, chamo-o Portuguese G.O.A.T.. É um excelente miúdo e espero que consiga trabalhar até entrar na rotação dos Kings. Tem muito potencial”, comentou o poste Domantas Sabonis, filho da antiga estrela da NBA Arvydas Sabonis. “Ainda está muito cru mas é muito atlético e tem boas mãos. Quando tiver mais conhecimento do jogo, pode jogar na NBA. O Rico Hines [antigo adjunto dos Kings] chamava-lhe The Process Junior”, referiu ainda De’Aaron Fox, base que foi a quinta escolha do draft de 2017 que respondeu também a uma pergunta do jornalista Miguel Candeias durante este fim de semana de All-Star.

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