O projeto de parecer da Inspeção Geral das Finanças sobre a indemnização de 500 mil euros à ex-secretária de Estado do Tesouro pela sua saída da TAP terá considerado haver fortes irregularidades no processo.

Segundo a SIC Notícias, que avançou com detalhes esta sexta-feira sobre a decisão da IGF, Alexandra Reis e a administração da TAP já foram notificadas do projeto de parecer, tendo apresentado os respetivos contraditórios. Assim, o relatório final deve ser conhecido em breve.

Em fevereiro de 2022, a TAP comunicou à CMVM a saída da administradora Alexandra Reis, referindo a companhia aérea que tinha sido Alexandra Reis a renunciar ao cargo. Em dezembro passado, a Alexandra Reis tomou posse como secretária de Estado do Tesouro, tendo então estalado a polémica sobre a indemnização que recebeu quando saiu da companhia aérea detida pelo Estado.

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Numa declaração escrita enviada à Lusa, nesse mês, Alexandra Reis disse que o acordo de cessação de funções “como administradora das empresas do universo TAP” e a revogação do seu “contrato de trabalho com a TAP S.A., ambas solicitadas pela TAP, bem como a sua comunicação pública, foi acordado entre as equipas jurídicas de ambas as partes, mandatadas para garantirem a adoção das melhores práticas e o estrito cumprimento de todos os preceitos legais“.

Em 28 de dezembro, a TAP enviou um novo esclarecimento à CMVM, referindo que a renúncia apresentada por Alexandra Reis “ocorreu na sequência de um processo negocial de iniciativa da TAP, no sentido de ser consensualizada por acordo a cessação de todos os vínculos contratuais existentes entre Alexandra Reis e a TAP”. Já a presidente executiva da TAP disse, em janeiro, no parlamento, que as comunicações enviadas à CMVM sobre a indemnização de Alexandra Reis foram recomendadas por advogados e garantiu que existem documentos e “provas escritas” sobre todo o processo.

*Notícia atualizada às 23h55 de 24 de fevereiro de 2023, com informação sobre os contraditórios de Alexandra Reis e TAP