Foi ainda no final de fevereiro, numa jornada a meio da semana, que José Mourinho foi expulso durante a derrota da Roma contra o Cremonese. O castigo de dois jogos na bancada não foi aplicado logo na partida seguinte, contra a Juventus, e só entrava em vigor este domingo e na receção ao Sassuolo.
O facto de a Federação Italiana de Futebol ter sancionado o treinador português com dois jogos de suspensão levou a Roma a reagir de forma enérgica, optando por um blackout parcial que implica que treinadores, jogadores ou qualquer outro elemento do staff do clube não preste quaisquer declarações à comunicação social até ao fim da atual edição da Serie A. A título individual, e já depois de saber que iria assistir na bancada às partidas contra o Sassuolo e a Lazio, José Mourinho decidiu reagir através de um gesto que obrigou a puxar bem atrás a fita do tempo.
Nas redes sociais, o técnico aproveitou uma ação publicitária ligada à empresa de joalharia da filha para publicar uma fotografia de braços cruzados, simulando umas algemas. Ora, em fevereiro de 2010, quando era treinador do Inter Milão e durante uma polémica receção à Sampdoria, Mourinho simulou exatamente as mesmas algemas com os braços e em direção às câmaras depois de duas expulsões que deixaram os nerazzurri a atuar com nove elementos ao intervalo. Há 13 anos, o português foi punido com três jogos de castigo e uma multa de 40 mil euros.
Mais de uma década depois, a Roma recebia então o Sassuolo e a meio de uma eliminatória europeia, tendo derrotado a Real Sociedad na primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa na passada quinta-feira. No Olímpico, era claro de que lado estavam os adeptos da casa: nas bancadas, numa tarja gigante, lia-se “Com Mourinho, em defesa da Roma”. Ainda assim, a primeira parte foi um verdadeiro pesadelo para os giallorossi — o Sassuolo marcou duas vezes nos primeiros 20 minutos, com Laurienté a bisar (13′ e 18′), Zalewski ainda reduziu mas a Roma acabou por permitir o terceiro golo já nos descontos e através de um penálti convertido por Berardi (45+4′), sendo que Kumbulla ainda foi expulso por pontapear um adversário e deixou a equipa do treinador com menos um elemento ao intervalo.
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Mourinho procurou reagir no início da segunda parte, lançando Dybala e Karsdorp, e o avançado argentino respondeu de forma praticamente imediata ao marcar logo nos primeiros cinco minutos após o intervalo (50′). A Roma foi dominando ao longo de todo o segundo tempo, assumindo a maioria da posse de bola e obrigando o Sassuolo a recuar as linhas para defender o resultado, mas a verdade é que o conjunto de Alessio Dionisi só precisou de uma rara aproximação à baliza de Rui Patrício para voltar a marcar e carimbar a goleada por intermédio de Pinamonti (75′).
Wijnaldum ainda marcou nos descontos (90+4′) mas já não foi suficiente, com a Roma a perder mesmo em casa com o Sassuolo (3-4). A equipa de José Mourinho tem agora menos dois pontos do que a Lazio e pode ficar a três do AC Milan se os rossoneri vencerem o Salernitana esta segunda-feira, tendo caído para fora da zona de apuramento para a Liga dos Campeões.
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