Os reguladores dos Estados Unidos da América fecharam, este domingo, um segundo banco em pouco menos de três dias. Depois de na sexta-feira ter colocado sob gestão liquidatária o Silicon Valley Bank (SVB), este domingo avançou para o encerramento do nova-iorquino Signature Bank.

O anúncio foi feito pelo Tesouro, Reserva Federal e FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation). Os reguladores garantem, segundo a imprensa norte-americana, que os depositantes do Signature Bank vão ter acesso ao seu dinheiro. E assumiram, tal como o fizeram em relação ao SVB, que não vai haver resgate público, mas, no entanto, acabaram por disponibilizar um empréstimo que permite o levantamento dos depósitos, a todos os clientes, e não apenas ao que estão garantidos. Esta segunda-feira todos os depositantes terão acesso ao dinheiro.

O Signature é um dos maiores bancos ligados à indústria das criptomoedas. A 31 de dezembro tinha 110,4 mil milhões de dólares em ativo e 88,6 mil milhões em depósitos, segundo a CNBC.

Segundo o MarketWatch, a Fed anunciou um novo programa de empréstimos de emergência para limitar o efeito sistémico com a queda do Silicon Valley Bank, e para garantir que os bancos conseguem fazer face aos pedidos dos depositantes. O mesmo sistema será implementado com o Signature. O objetivo, segundo a CNN, é dar confiança ao sistema bancário. Mas a linha de crédito pode ser usada para financiar instituições financeiras “elegíveis” de forma a prevenir a corrida aos bancos na segunda-feira. Os acionistas e obrigacionistas destes bancos não terão qualquer proteção neste plano.

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Silicon Valley Bank. Como se desenhou o maior colapso de um banco desde a crise financeira de 2008

Janet Yellen, secretário de Estado do Tesouro, tinha realçado na manhã deste domingo que a situação não é semelhante a 2008. E, em comunicado, os reguladores voltam a dizer que “o sistema norte-americano mantém-se resiliente e sólido, muito devido às reformas que foram feitas depois da crise financeira que introduziu melhores salvaguardas para a indústria financeira”. Essas reformas “combinadas com as ações tomadas hoje [domingo] demonstram o nosso compromisso em avançar com os passos necessários para que as poupanças dos depositantes continuam seguras”.