A ópera “In the Penal Colony” (“Na Colónia Penal”), de Philip Glass, sob a direção do maestro Martim Sousa Tavares, estreia-se quinta-feira no Teatro S. Luiz, em Lisboa.
Em comunicado, o teatro lisboeta afirmou que esta ópera é uma “arte total”, parafraseando Wagner, e justificou: “Música, teatro, dança, tudo se conjuga em palco para criar um espetáculo único” de cerca de uma hora e meia. A ópera de Glass baseia-se no conto homónimo de Franz Kafka, adaptado por Rudolph Wurlitzer.
No palco do S. Luiz a encenação de “In the Penal Colony” é de Miguel Loureiro e o movimento de Miguel Pereira.
“Em cena, conta-se a história de um visitante que, chegado a uma colónia penal numa ilha, se depara com uma complexa máquina de execuções pronta a funcionar sobre um condenado anónimo, controlada por um oficial sem remorsos”, adiantou o Teatro S. Luiz.
“A tirania, a compaixão, o saudosismo, a injustiça, a conivência e a crueldade são os temas desta ópera”, segundo a sala lisboeta. Para o teatro municipal S. Luiz, esta criação é “uma excelente porta de entrada para novos públicos que (ainda) não são familiares com esta forma de arte”.
Estão previstas quatro récitas para público escolar, nos dias 15, 16, 22 e 23 de março, às 14:30. “In the Penal Colony” vai estar em cena até 26 de março, estando também já marcada uma apresentação no Coliseu do Porto, no dia 25 de outubro.
O compositor norte-americano Philip Glass completou 86 anos no passado dia 31 de janeiro, produziu óperas, sinfonias, concertos, cantatas, bandas sonoras para filmes, entre outros trabalhos.