Faltava conhecer as cores, só as cores e apenas as cores da moto. Agora, e a partir daqui, começou de forma “oficial” a segunda vida de Miguel Oliveira, que deixou como última imagem dos treinos de inverno um 11.º melhor registo no Autónomo Internacional do Algarve na antecâmara do arranque do Mundial de MotoGP com o Grande Prémio do Algarve, no domingo (com corrida sprint, uma das principais novidades de 2023, no sábado). E foi com grande confiança que o piloto português abordou as primeiras semanas no projeto da CryptoDATA RNF MotoGP Team, naquela que foi a última apresentação para a nova temporada.

“Gosto realmente da nova pintura! As cores são diferentes e únicas, é muito bom sair para a pista assim. Mal posso esperar pela primeira prova na minha corrida em casa a representar a CryptoDATA RNF MotoGP Team em cima da minha Aprilia RS-GP! Em 2023, estou a enfrentar um novo desafio, por isso espero que corra tudo da melhor forma e que consigamos alcançar os objetivos que definimos para esta temporada. A moto tem muito potencial e estou certo de que, junto com a minha equipa, vamos adaptar tudo à minha forma de pilotar para começarmos a ser competitivos rapidamente”, destacou o número 88.

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“Pessoalmente, o meu objetivo é divertir-me porque, dessa forma, as coisas surgem de forma natural. É um novo desafio para mim e espero atingir os objetivos a que nos propusemos em conjunto, eu e a equipa”, acrescentou ainda numa apresentação com o companheiro de equipa, o espanhol Raúl Fernández (também ele antigo piloto da KTM), e o novo patrão, Razlan Razali, que deixou a Yamaha para se juntar este ano à Aprilia. “As novas cores representam a transição dos nossos dias antigos para a equipa que somos atualmente. Objetivos? Ser campeão dentro e fora das pistas”, salientou o malaio na mesma cerimónia.

De recordar que Miguel Oliveira deixou como última imagem a 11.ª posição nos testes feitos na semana passada no Algarve, onde a Ducati dominou por completo o top 10 com sete das suas oito motos entre o terceiro lugar de Fabio Quartararo (Yamaha), o nono posto de Brad Binder (KTM) e a décima posição de Aleix Espargaró, número 1 da equipa de fábrica da Aprilia que faz parelha com Maverick Viñales.

“Estamos numa boa posição para começar o primeiro Grande Prémio. Ainda que tivéssemos gostado de estar um pouco mais acima na classificação, o nosso ritmo foi muito rápido e conseguimos mantê-lo ao longo de todo o dia. Infelizmente, durante a sessão da tarde, quando tentava um tempo rápido, tive uma pequena queda. Estava a puxar e não havia nada a fazer. Temos algum trabalho a fazer, apenas preciso de começar o fim de semana de corrida para perceber em que ponto estamos”, comentara Miguel Oliveira no último teste, em que voltou a mostrar ser capaz de andar próximo dos pilotos de fábrica (até à frente de Viñales).