A venda de motociclos teve um novo ano recorde em 2022, superando as vendas realizadas em 2021 – que já tinha sido um ano com o maior número de vendas neste milénio. Segundo dados da ACAP, citados pelo Jornal de Notícias, foram vendidas mais de 100 motas por dia, em média, mas os acidentes também estão a aumentar.

Venderam-se em 2022 36.662 motociclos, o que resulta numa média de aproximadamente 100 por dia e um aumento de 8% em relação às vendas de 2021 (e 50% em comparação com 2017), segundo a Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

O crescimento das vendas está a verificar-se no segmento até 125cc, que pode ser conduzido com carta de condução de veículos ligeiros. Venderam-se 20.432 motas no segmento até 125cc – um aumento de 13,4%.

Os dados da ACAP permitem, também, constatar que as vendas nestes primeiros meses de 2023 estão a dar sinais de crescimento, com valores um pouco maiores do que o mesmo período do ano passado. “Os residentes das áreas urbanas procuram, cada vez mais, meios alternativos para a deslocação e as duas rodas são uma alternativa ao trânsito existente nas cidades”, afirma Hélder Pedro, secretário-geral da ACAP, citado pelo Jornal de Notícias.

A marca mais vendida é a Honda, com uma quota de mercado de cerca de 30%, com destaque para a citadina PCX 125, que tem um preço a partir de 3.260 euros.

Porém, com o aumento das vendas de motociclos aumentam, também, os registos de acidentes. Entre janeiro e novembro houve 8.978 acidentes com ciclomotores e motociclos em Portugal, um aumento de 13,2% face aos mesmos 11 meses de 2021, segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

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