Foi no estado australiano de Victoria, numa zona conhecida por “triângulo dourado”, que dois exploradores ingleses descobriram a maior pedra de ouro do mundo, com 72 quilos. Encontrada em 1869, a descoberta da “Welcome Stranger” coincide com a corrida ao ouro entre 1851 e o final da década de 1860.

Passados 154 anos, um garimpeiro amador australiano, que preferiu manter-se no anonimato, quis tentar igualar a descoberta histórica. A pedra que descobriu não chega sequer aos 10 quilos, mas vale 150 mil euros e foi encontrada numa mina com um dos mais simples e baratos detectores de ouro que existem no mercado. Um golpe de sorte com 4,6 quilos, onde 2,6 são puro ouro.

O explorador esperava uma oferta que rondasse os 6 mil euros. Mas Darren Kamp, avaliador de ouro há 43 anos, sugeriu-lhe os 60 mil euros para apenas metade da pepita de ouro. Na totalidade, a rocha está avaliada em cerca de 150 mil euros.

“Em 43 anos, nunca vi um exemplar com tanta quantidade de ouro”, afirmou Kamp, à CNN. O avaliador acabou por comprar a pedro no final do ano passado — “É uma descoberta única na vida”, acrescentou à BBC.

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No início, o garimpeiro só trouxe metade da pedra a Kamp. Quando a encontrou ele dividiu-a em duas e trouxe a parte em que ele pensava estar uma pepita de ouro para o avaliador. Na verdade a pedra estava era muito suja e por isso o garimpeiro não se apercebeu que toda ela era de ouro, uma conclusão fácil de tirar depois de limpa.

Apesar da compra da pedra já ter ocorrido no final do ano passado, só agora a história se tornou conhecida porque Kamp, que também vende detetores de metais, registou um aumento na procura destes materiais na sua loja, talvez porque o ouro tem estado a valorizar-se face à crise económica mundial. Apesar de este tipo de descoberta ser rara, o avaliador quis assim mostrar que não são precisos detetores muito caros para se obterem os resultados desejáveis.

Claro que depende muito do terreno: a Austrália tem uma das maiores reservas de ouro do mundo.