Apesar do alívio dos preços internacionais do gás natural, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) propõe um aumento anual dos preços do mercado regulado para clientes domésticos para os 12 meses que se iniciam em outubro de 2023.

Esse aumento será de 2,4% face aos preços pagos atualmente pelos consumidores, considerando que as tarifas reguladas já sofreram um aumento extraordinário em janeiro. Comparando as tarifas reguladas anuais de 2022/2023 com as agora indicadas para 2023/2024, a atualização é de 3,2%. Estes aumentos serão aplicados a um universo de 408 mil consumidores do mercado regulado, um universo que cresceu de forma significativa com a medida que o Governo aprovou no ano passado de permitir aos clientes do mercado livre regressarem às tarifas reguladas.

Para justificar a proposta de subida preços para 2023/2024, a ERSE remete para o aumento das tarifas de acesso às redes no ano gás 2023-2024, devido a uma diminuição da procura, o que resulta num incremento dos custos das infraestruturas que tem de ser coberto.

Esta menor procura também tem sido uma consequência da campanha europeia para diminuir a procura de gás natural por causa da crise energética criada com a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Apesar deste aumento anunciado para daqui a seis meses — e corresponderá a um incremento médio da fatura média mensal inferior a um euro — , as tarifas reguladas do gás natural continuam para já a ser mais competitivas do que os preços do mercado livre que subiram muito no ano passado. Isto não obstante algumas empresas como a Galp e a EDP terem anunciado recentemente baixas do preço a partir de abril.

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