O presidente do UBS, Colm Kelleher, afirmou esta quarta-feira na assembleia-anual de acionistas do banco suíço que a compra do Credit Suisse foi um “passo histórico, que nunca quis dar”, adiantando que vai trazer “grandes oportunidades” ao grupo financeiro.
A aquisição do segundo banco da Suíça pelo UBS “marca um novo começo e grandes oportunidades para as duas entidades financeiras em conjunto, bem como para este país como centro financeiro”, disse o banqueiro aos acionistas reunidos no centro multiusos de St Jakobshalle, em Basileia.
O gestor de nacionalidade irlandesa reconheceu que o Credit Suisse, banco que foi criado há 167 anos, “foi um ícone da economia suíça, uma instituição chave para o desenvolvimento económico do país e um ‘player’ globalmente respeitado”.
Kelleher referiu também que a compra do Credit Suisse, anunciada em 19 de março, e que teve a intervenção do Governo, “é a primeira fusão entre dois bancos globais de importância sistémica”, sendo que a sua integração será uma “tarefa desafiadora”, para a qual foi decidido nomear Sergio Ermotti como novo presidente executivo, que inicia as suas funções a partir desta quarta-feira, em substituição de Ralph Hammers.
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“A nossa estratégia é clara e não mudou com a aquisição do Credit Suisse”, realçou o presidente do UBS, afirmando também que a integração deste banco será um dos principais focos na definição da estratégia do grupo financeiro suíço.
Segundo Kelleher, a compra do Credit Suisse vai acelerar a expansão do UBS no setor de gestão de fortunas, onde teve um “forte crescimento”, em particular nos Estados Unidos e na Ásia.
Além disso, o presidente do UBS reiterou que o banco suíço vai reduzir o capital investido no seu banco de investimentos até que se situe abaixo de 25% dos ativos de risco.
O banqueiro anunciou igualmente na assembleia-geral de acionistas do UBS que será proposto um aumento de 10% nos dividendos até aos 55 cêntimos de franco suíço (55,5 cêntimos de euros) por ação.
Simultaneamente, disse que o UBS decidiu suspender o programa de recompra de ações devido à aquisição do Credit Suisse, embora tenha adiantado que esta será retomada “assim que possível”.
O banco UBS adquiriu o Credit Suisse para salvá-lo de uma possível falência, uma compra que gerou críticas entre políticos e a opinião pública do país.