O Ministério da Saúde esclareceu esta quinta-feira que adiou as decisões quanto à localização e ao perfil assistencial do futuro hospital do Oeste até o grupo de trabalho analisar o estudo da Câmara de Caldas da Rainha e elaborar o relatório.

“A decisão do Ministério da Saúde será tomada após ser recebido o relatório do grupo de trabalho”, revelou a tutela, numa resposta por escrito à agência Lusa, depois de questionado sobre a falta de decisões até ao final de março, como tinha assumido o ministro.

O ministério de Manuel Pizarro “não deixará de ter em conta todos os contributos que sejam apresentados, que devem ser incorporados na decisão a adotar”, referindo-se ao estudo entregue em 21 de março pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria.

Por isso, justificou, “entendeu aceitar que o grupo de trabalho possa precisar de mais algum tempo, para produzir o seu relatório”, que espera que seja concluído “o mais breve possível”.

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A construção de um novo hospital para a região é reclamada pelos 12 concelhos da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim), que encomendaram um estudo à Universidade Nova de Lisboa, para definir o perfil assistencial e a localização da futura unidade.

O estudo aponta o Bombarral (no distrito de Leiria) como a localização ideal para o hospital e foi entregue em novembro ao ministro da Saúde, que na ocasião se comprometeu a definir a localização e o perfil assistencial do novo hospital até ao final de março.

Em março, as câmaras das Caldas da Rainha e de Óbidos enviaram ao grupo de trabalho um parecer técnico que defende que os ministérios da Economia e da Coesão Territorial devem participar na decisão e que a mesma deve ter em conta outros critérios, além dos analisados no estudo encomendado pela OesteCim.

Em fevereiro, as assembleias municipais da maioria dos municípios da região Oeste aprovaram moções a apoiar a localização para o novo hospital definida no estudo encomendado pela OesteCIM (Bombarral).

A decisão final está a ser equacionada por um grupo de trabalho criado pelo Governo, cujo trabalho tem por base os contributos dos municípios.

O novo hospital deverá substituir o atual Centro Hospitalar do Oeste, que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.