A 5.ª Bienal Internacional de Arte Gaia, que começa este sábado, 8 de abril, em Vila Nova de Gaia e tem África como continente convidado, inclui vinte exposições que reúnem mais de 300 artistas de vários países.

O continente convidado desta edição está representado na exposição coletiva do Projecto Manoueuvre, com curadoria de Jorge Salgueiro, que reúne obras de artistas como Alberto Chissano, Gonçalo Mabunda, Kheto Lualuali, Lulu Maparangue, Malangatana, Mapfara, Nino Trindade, Reinata Sadimba, Samuel Muankongue e Simbraz.

“Num pavilhão dedicado, a Bienal Internacional de Arte Gaia acolhe uma mostra de diferentes perspetivas que marcam os percursos artísticos do continente iniciático da história da Humanidade, onde integra ‘ateliers’ de pintura e escultura que, em permanência, juntam artistas portugueses e africanos para a criação conjunta de novas expressões”, destacou a organização.

A um ano do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974, a Bienal apresenta a exposição “Desenhos da Prisão”, que inclui 18 trabalhos realizados entre 1951 e 1959 pelo histórico líder do PCP Álvaro Cunhal “nas cadeias da Penitenciária de Lisboa, onde passou sete anos de rigoroso isolamento, e do Forte de Peniche, de onde se evadiu em 3 de janeiro de 1960”.

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A programação inclui também a mostra coletiva de pintura, escultura e desenho “Revolução – 50 anos, 50 artistas”, com curadoria de Ilda Figueiredo, que inclui trabalhos de Rui Ferro, Norberto Jorge, Henrique do Vale, Isabel Lhano, Fernanda Vilas Boas, Diogo Goês e Manuela Bronze, entre outros.

O projeto Manicómio, “pioneiro na promoção de trabalhos de artistas com experiência de doença mental”, também marca presença na bienal com a exposição coletiva “Da cintura para cima sou triste e daí para baixo uma praia”, que inclui obras de Claúdia R. Sampaio, Joana Ramalho e Micaela Fikoff, “para mostrar diferentes olhares sobre a realidade”.

Entre as 20 exposições que integram a bienal, “mais de metade são individuais assinadas por artistas consagrados”, entre os quais Nazaré Álvares, Avelino Rocha, Cristina Ataíde, Eurico Gonçalves, Isabel Cabral e Rodrigo Cabral.

Na mostra dedicada aos artistas convidados, com curadoria de Agostinho Santos, são apresentadas obras de Albuquerque Mendes, Nadir Afonso, Valter Hugo Mãe, Paulo Neves, Luzia Lage, Balbina Mendes, Dalila D’Alte ou António Macedo, entre outros.

Nesta edição, o Concurso Internacional resultou numa exposição coletiva de 38 trabalhos, “selecionados entre os mais de 250 participantes de vários países”.

Além de Vila Nova de Gaia, onde decorre na antiga fiação de Crestuma, em Lever, a bienal terá polos noutras 14 localidades portuguesas: Alfândega da Fé, Amarante, Esposende, Gondomar, Lisboa, Mirandela, Oliveira do Hospital, Paços de Ferreira, Paredes, Paredes de Coura, Peso da Régua, Viana do Castelo, Vila Praia de Âncora e Funchal, para além de Ferrol, na Galiza.

A programação inclui ainda duas exposições “desenvolvidas em parceria com a Universidade do Porto, que se materializam na Galeria da Biodiversidade — Centro de Ciência Viva, onde artistas e cientistas se cruzam na abordagem para mostrar talento e receber a comunidade escolar, e na Faculdade de Medicina Dentária, onde um grupo de artistas aborda a estrutura facial em diferentes ângulos”.

A 5.ª Bienal Internacional de Arte Gaia decorre até 8 de julho.