Para tentar contrariar a atual falta de médicos de família no país, o ministério da Saúde, liderado por Manuel Pizarro, vai tentar uma solução nova: abrir todas as vagas do país — são 900 — para esta especialidade, embora só 355 jovens especialistas tenham concluído o internato.

Em entrevista ao Público, esta sexta-feira, o ministro da Saúde explica que a ideia também passa por atrair médicos que saíram do SNS, tentando contrariar a dificuldade em preencher essas vagas com alguns instrumentos novos. Por um lado, oferecendo um aumento de 40% para alguns médicos nos agrupamentos de centros de saúde em que mais de 25% dos utentes não tenham médico de família. Em Portugal, há mais de 1,6 milhões de pessoas sem médico de família, o número mais elevado dos últimos oito anos.

Mais de 1,6 milhões não têm médico de família – o número mais elevado em oito anos

Por outro lado, haverá um novo modelo, ainda a pequena escala, para colocar os médicos que se candidatem a uma zona noutra mais carenciada por um período limitado de tempo, até 2026.

O ministério diz ainda que, dentro das medidas mais estruturais que quer tomar para resolver o problema, encontra-se a formação de mais médicos e o alargamento das unidades de saúde familiar modelo B.

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