Talisca ainda teve um golo anulado no último quarto de hora, Ronaldo conseguiu um remate perigoso depois de uma assistência fantástica na primeira parte que não foi suficiente para superar Stojkovic mas foi mais um jogo curtinho no resultado mas também na exibição para o Al Nassr, neste caso jogando fora com o Al-Fayha. Pela segunda vez desde que o português chegou à Arábia Saudita, o conjunto de Riade ficou em branco. Mais do que isso, e numa fase decisiva com apenas sete jornadas por disputar, ficou a três pontos do Al-Ittihad de Nuno Espírito Santo na antecâmara do encontro mais complicado até ao final com o campeão Al Hilal. Se a perceção do trabalho de Rudi Garcia não era a melhor, o nulo significou um guia de marcha.

Empatou, arrasou jogadores, tem guia de marcha: Rudi Garcia de saída do Al Nassr de Ronaldo (e Mourinho terá proposta de 100 milhões)

“Foi um prazer ter trabalhado consigo. Desejo-lhe o melhor para o futuro”, escreveu o avançado português nas redes sociais na despedida do francês que tinha chegado no último verão, durou menos de um ano e não conquistou qualquer título. Depois, e como seria de prever, começou o habitual desfile de nomes. Zinedine Zidane, que terá recusado voltou a treinar CR7 por não querer rumar nesta fase à Arábia Saudita. Jorge Jesus e Bruno Lage, entre os portugueses. Mais recentemente, e naquele que foi o único a falar sobre essa situação, o mexicano Antonio Mohamed: “Tive quatro conversas com Al Nassr e ainda outro dia de manhã cheguei ao clube e recebi um telefonema do CEO dessa equipa. Disse-me que me queria porque despediram o Rudi Garcia. Era muito dinheiro, mas disse-lhe que já tinha um compromisso com o Pumas. Era uma questão de lealdade. Nunca deixaria uma equipa para ir para outra. Há uma razão para ter vindo para o Pumas”.

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Entre a indefinição mais numa perspetiva de longo prazo, a escolha acabou por recair num nome bem menos conhecido no futebol internacional: Dinko Jelicic, de 49 anos, ex-jogador que passou pelas seleções jovens Sub-19 e Sub-20 da Croácia, esteve no Irão, regressou ao seu país, assumiu funções de diretor de metodologia e treinadores do futebol de base nos espanhóis do Alavés e estava desde a presente temporada como técnico dos Sub-19 do Al Nassr. Mais do que aquilo que fazia em campo, era alguém conhecido pela parte do ensino, pelas palestras e pelo trabalho na Faculdade de Cinesiologia da Croácia do que pelos resultados.

Com maior ou menor experiência, era precisamente um resultado que o Al Nassr esperava de Jelicic neste encontro de estreia: a vitória. E foi tudo aquilo que não aconteceu: o Al Hilal venceu de forma convincente o dérbi de Riade que teve um total de 26 minutos de descontos (11’+15′) e a equipa de Ronaldo poderá agora ficar a seis pontos da liderança a seis jornadas do final caso o Al-Ittihad vença o jogo em atraso.

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A primeira parte foi praticamente um desfilar de oportunidades da equipa da casa, a começar logo por um primeiro aviso do ex-portista Marega para defesa de Nawaf Al-Aqidi (6′) e uma recarga ao lado de Ighalo quando tinha condições para fazer melhor depois de mais uma tentativa do maliano (9′). Ghareeb ainda teve uma oportunidade que seria a única do Al Nassr até ao intervalo mas os avançados africanos continuavam a fazer a diferença na frente, adiantando mesmo o Al Hilal no marcador numa grande penalidade convertida pelo nigeriano que passou pelo Manchester United após um corte com o braço de Al Amri após mais uma tentativa do antigo jogadores dos dragões na área (42′). O dérbi de Riade tinha sentido único, também por culpa e influência de Cuellar, colombiano que passou pelo Flamengo e que dominou o corredor central.

O segundo tempo, com duas alterações do Al Nassr ao intervalo, trouxe uma equipa visitante diferente, a ter mais chegadas junto da baliza do Al Hilal e uma ameaça com mais perigo de Talisca (que escapou por duas vezes ao vermelho direto por entradas tardias) mas mais uma grande penalidade, desta vez por falta sobre Michael, permitiu que Ighalo aumentasse para 2-0 e praticamente fechasse a partida (62′). Cristiano Ronaldo não desistiu, marcou num lance que foi anulado por fora de jogo (76′), ganhou várias bolas pelo ar na área mas quase sempre com desvios ao lado e por cima mas ainda seria o conjunto da casa a ter a melhor oportunidade até ao final, com Al Dawsari a desviar de calcanhar antes de um corte em cima da linha.