Não era a notícia mais esperada, também não foi propriamente a maior surpresa. Após a derrota nas meias da Supertaça, era na Liga da Arábia Saudita que o Al Nassr colocava todas as fichas para poder voltar a ser campeão. E até estava na liderança da prova, aproveitando um abaixamento do Al Hilal quando estava nas competições continentais e mundiais. Depois, a derrota frente ao Al Ittihad colocou o primeiro lugar em questão. Agora, um empate sem golos diante do Al-Fayah deixou o topo a três pontos com sete jornadas por disputar. Rudi Garcia mostrou-se insatisfeito. Criticou o plantel. Está perto de ter um guia de marcha.

A jogar assim, nem Ronaldo é capaz de facilitar nada: Al Nassr empata com Al-Fayha e pode ficar mais longe da liderança

De acordo com o jornal Marca, o técnico francês de 59 anos que tinha chegado ao Al Nassr no verão para substituir Miguel Ángel Russo está de saída do clube não só pelos resultados mas pela forma como expressou o desgosto pela exibição com o Al-Fayah, não só em termos públicos mas também no balneário. A publicação espanhola adianta que o anúncio oficial deve estar por horas, sem revelar qualquer possibilidade de nome para a sucessão do gaulês quando a equipa está a uma semana do encontro com o campeão Al Hilal.

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Esta quarta-feira, o jornal As adianta que o Al Nassr terá oferecido um contrato milionário a José Mourinho, treinador português da Roma que já orientou Cristiano Ronaldo no Real Madrid durante três temporadas: 100 milhões de euros por dois anos de contrato. No entanto, e segundo soube o Observador, esta hipótese não é de agora e não foi ponderada pelo técnico, que está apostado em garantir os dois grandes objetivos da temporada que tem pela frente: acabar a Serie A em lugares de Champions e ir longe na Liga Europa, se possível repetindo a final europeia que conseguiu na última época na Liga Conferência.

“Muitos falam mas não sabem nada de futebol. Isto não é o fim da minha carreira.” As primeiras palavras de Ronaldo como jogador do Al-Nassr

“O resultado foi muito mau para nós, isso é garantido. Tivemos ocasiões para ganhar o jogo mas não fizemos o suficiente para vencer. Não estou satisfeito com a exibição dos jogadores. Jogámos num relvado alto que não conseguia acelerar o jogo mas não há desculpas. Pedi para que jogassem da mesma forma que no último jogo [vitória por 5-0 diante do Al-Adalah] mas não fomos capazes de o fazer”, tinha comentado Rudi Garcia no final da última partida do Al Nassr, apenas a segunda em que a equipa terminou em branco desde que Cristiano Ronaldo chegou ao clube e contra uma formação que ocupa o 11.º lugar da Liga.

Além da questão desportiva, com o título mais difícil apesar dos encontros contra Al Hilal e Al-Shabab que o Al-Ittihad do português Nuno Espírito Santo terá ainda que fazer (e a presença nas meias da Taça da Arábia Saudita com o Al-Wehda), a relação entre o treinador francês e os jogadores não será também a melhor, o que levou a que os responsáveis do Al Nassr avançassem com essa possível troca técnica.