Uma nova greve de professores e funcionários das escolas convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) começa esta quarta-feira, em protesto contra o novo regime de concursos e pela recuperação de todo o tempo de serviço.

A paralisação, que vai prolongar-se até sexta-feira, arranca cerca de uma semana após ter terminado a greve por tempo indeterminado iniciada ainda no final do ano passado, convocada pelo mesmo sindicato.

Os docentes e não docentes contestam o novo regime de concursos, aprovado pelo Governo em março, e voltam a insistir na recuperação de todo o tempo de serviço que esteve congelado, bem como na melhoria de condições de trabalho e salariais.

À semelhança da greve anterior, o tribunal arbitral voltou a decretar serviços mínimos para a paralisação do Stop, para que as escolas assegurem parte do seu funcionamento, incluindo, pelo menos, três horas de aulas/tempos letivos diários por turma, de forma a garantir, semanalmente, a cobertura das diferentes disciplinas.

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Na sequência das sucessivas decisões para decretar serviços mínimos, foi lançada uma petição pública em defesa de “uma generalizada ação de desobediência” aos “serviços mínimos ilegais”, que, segundo o promotor, tinha reunido, até domingo, mais de três mil assinaturas.

Os docentes consideram que os serviços mínimos são ilegais e põem em causa o direito constitucional à greve.

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A nova greve do Stop realiza-se na sequência do protesto, na manifestação nacional do 25 de Abril, em defesa dos direitos dos trabalhadores e pela escola pública.

Entre 5 e 12 de maio, o sindicato vai realizar outra greve, que coincide com o início das provas de aferição.

Paralelamente, prossegue a greve distrital convocada pela plataforma de nove organizações sindicais que inclui as federações nacionais da Educação e dos Professores (FNE e Fenprof), esta quarta-feira em Portalegre.

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A paralisação — que está há uma semana a percorrer todos os distritos por ordem alfabética inversa, de Viseu a Aveiro — termina em 12 de maio em Lisboa.

Professores e funcionários das escolas iniciaram também, na segunda-feira, um acampamento no Rossio, em Lisboa, que passou, entretanto, para o Largo Camões, onde deverá manter-se até 01 de maio.