A situação estava particularmente complicada depois da derrota com o Al Hilal mas, apesar de tudo, havia uma secreta esperança de poder criar-se uma ponta final a três com tudo em aberto pelo título. Faltava só um pormenor que era tudo menos pequeno: o Al-Ittihad perder na receção ao Al-Shabab. Na perspetiva do Al Nassr, contrária à do técnico português Nuno Espírito Santo, começou mal com uma grande penalidade de Abderazzak Hamdallah, melhorou com uma grande penalidade de Chino Guanca e poderia ter ficado quase perfeito em cima do minuto 90, quando Boupendza tentou também marcar um penálti mas à Panenka que só terminou nas mãos do guarda-redes Marcelo Grohe. O Al-Shabab perdeu o 2-1, ficou a jogar contra dez com a expulsão de Zakaria Al-Hawsawi aos 90+5′ e perdeu mesmo aos 90+16′ com novo penálti de Hamdallah. O que podia ter corrido bem para o conjunto de Riade dificilmente poderia ter acabado pior.
Na ressaca de uma semana marcada pela eliminação da Taça do Rei frente ao Al-Wehda, naquele que foi o segundo título perdido desde que Cristiano Ronaldo chegou à Arábia Saudita, o Al Nassr recebia o Al Raed sabendo que, a seis jornadas do final da competição, não podia perder pontos e tinha ainda de esperar que o Al-Ittihad sofresse duas derrotas até ao epílogo da prova para suceder ao Al Hilal como campeão saudita. Por culpa própria, entre deslizes como os que custaram cinco pontos no empate com o Al-Fayha e na derrota com o Al Hilal, a margem era nula e nem a mudança no comando técnico, com a saída de Rudi Garcia e a subida de Dinko Jelicic dos Sub-19, inverteu o rumo. Aliás, o croata tinha duas derrotas noutros tantos jogos.
Agora, numa fase em que Ronaldo nem sempre é unânime em termos de opinião também perante os vários insucessos de um Al Nassr que continua à procura de um treinador que possa retirar outra rentabilidade do plantel à disposição, o português voltou aos golos três jogos depois e pela 17.ª época consecutiva ultrapassou a fasquia dos 20 golos entre clube e seleção. Mais: o avançado que voltou a contar com muito apoio nas bancadas incluindo camisolas da Seleção, mostrou que, apesar do investimento feito pelo clube esta temporada, ainda há trabalho pela frente para poder assumir a condição de número 1 do país.
O encontro com o Al-Raed começou mesmo com o golo do português na sequência de um cruzamento da direita de Al Ghannam, com uma entrada de “matador” a não dar hipóteses a Silviu Lung que pouco antes tinha adiado o primeiro golo da partida a remate de Ayman Yahya (4′). Mesmo sem ter muitas incursões à área contrária, o Al Raed teve uma oportunidade de empatar no primeiro tempo após um livre de Al Dossary que voltou a revelar as fragilidades do guarda-redes Nawaf Al Aqidi (36′), sendo que o intervalo chegou com uma jogada perigosa com Ronaldo a aparecer na profundidade anulada por fora de jogo (45′).
Tinha que ser ele ????
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O encontro não teria grandes motivos de interesse e também o vencedor da partida ficou “decidido” nos minutos iniciais da segunda parte, com Ghareeb a não dar hipóteses após assistência de Yahya numa jogada que voltou a contar com intervenção do português (55′), que ficou perto de bisar com um remate na área (73′). Na parte final, Mohammed Maran (90′) e um grande golo de Al-Sulaiheem (90+3′) fizeram o 4-0.
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