Houve mais de 10 mil acidentes com motas em 2022, um número que aumentou face aos anos anteriores à pandemia e que resultou em 104 vítimas mortais. Os especialistas, citados pelo Jornal de Notícias, criticam a forma como é ensinada a condução e pedem mais fiscalização ao principal fator de risco: excesso de velocidade.

Este é o retrato feito por um antigo militar da GNR que abriu a Academia de Condução Moto (ACM) e diz ter “700 pessoas em lista de espera” para formação. São, diz Domingos Simões, pessoas que têm título de condução mas não sabem circular com perícia e segurança. E são, também, pessoas a partir dos 40 anos, que compraram motas de “grande potência”, mas não as sabem usar.

O diretor-geral da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), Alain Areal, critica as aulas de condução por não ensinarem movimentos “imprescindíveis” como saber “travar e curvar”. Já os representantes das escolas de condução salientam que a lei permite conduzir motas até 125cc sem fazer qualquer exame ou formação (só com a carta de condução de ligeiros e mais de 25 anos de idade).

Com o aumento do número de vendas de motociclos – cerca de 100 por dia, em média – o Jornal de Notícias nota que em 2022 houve mais 441 acidentes, mais oito mortos, mais 20 feridos graves e mais 629 ligeiros do que em 2019, ano antes de a pandemia ter condicionado a circulação (em 2020 e 2021).

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