Uma vitória para um lado, uma vitória para o outro, a necessidade de desempatar a eliminatória. Depois de o Benfica golear o FC Porto no primeiro jogo e de os dragões responderem com uma vitória na segunda partida, as duas equipas defrontavam-se este sábado na terceira ronda da meia-final do Campeonato de hóquei em patins.

Na antevisão, o treinador encarnado garantia que o Benfica tinha retirado “muita coisa positiva” da derrota no segundo jogo”. “Conseguimos suster o que normalmente é a força do adversário: a meia-distância, as segundas bolas, as transições ofensivas. Não aproveitámos muito o trabalho que estávamos a fazer na primeira linha defensiva, o que nos deu muitas bolas importantes com que podíamos ter empatado e até passado para a frente do marcado. Teria sido interessante ver a competência da equipa em vantagem. Lutámos, tivemos uma atitude excelente num pavilhão difícil de jogar, contra um adversário que é também ele difícil. Neste momento é fazer o somatório do positivo, corrigir o que há a corrigir e ficarmos equilibrados e serenos”, explicou Nuno Resende.

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Do lado do FC Porto, foi o médio Telmo Pinto a realizar a antevisão. “Independentemente de termos perdido da Luz e de termos vencido no Dragão Arena, o playoff passou a ser à melhor de três jogos porque agora temos de ganhar dois dos três jogos que faltam. Queríamos vencer o primeiro já no domingo. Acreditamos desde o início e já no domingo passado o intuito era vencer. Não conseguimos e saímos de lá com uma derrota um pouco pesada, desajustada com a nossa performance. Já vencemos na Luz esta época e queremos repetir”, defendeu o jogador português.

Neste contexto, este sábado, as duas equipas já sabiam que o vencedor da eliminatória irá muito provavelmente encontrar o Sporting na final do Campeonato, já que os leões venceram os dois primeiros jogos contra o Óquei de Barcelos na outra meia-final e podiam fazer xeque-mate horas depois. Na Luz e num momento em que estava em superioridade numérica, devido ao cartão azul de Rafa, o Benfica aproveitou para abrir o marcador por intermédio de Pablo Álvarez (6′).

O experiente argentino bisou pouco depois (7′), com um remate de longa distância, e Gonçalo Pinto aumentou a vantagem encarnada num lance em que se antecipou a Reinaldo Garcia (12′). Ainda antes do intervalo, Roberto Di Benedetto também marcou (17′), com o Benfica a terminar a primeira parte a golear o FC Porto — e num filme muito semelhante ao do primeiro jogo da eliminatória.

O Benfica teve uma boa oportunidade para dilatar ainda mais a vantagem no início da segunda parte, quando Rafa cometeu grande penalidade sobre Diogo Rafael, mas Nicolía permitiu a defesa de Malián na conversão do castigo máximo. O FC Porto reduziu os números no marcador por intermédio de Gonçalo Alves (34′), que marcou de livre direto, e Diogo Barata relançou por completo a partida a 15 minutos do final (35′).

Os encarnados, porém, nem sequer abriram a porta a grandes indefinições: Gonçalo Pinto voltou a marcar, aproveitando o ressalto depois de um remate ao poste (41′), e Álvarez repôs os quatro golos de vantagem na conversão de um livre direto depois de os dragões chegarem à 10.ª falta (41′) — e carimbando um hat-trick. Até ao fim, Lucas Ordóñez ainda teve tempo para engordar a goleada da equipa da casa, com Xavi Barroso a reduzir nos últimos instantes.

O Benfica voltou a golear o FC Porto, desta feita por 7-3 e novamente de forma totalmente indiscutível, e recuperou a vantagem nas meias-finais do Campeonato de hóquei em patins ao fim de três jogos.