Se pensava que a Honda produzia “apenas” automóveis, motos, equipamentos de força (corta-relvas, etc.) e motores de barco, está a esquecer-se do veículo mais veloz da marca, que agora revelou a segunda geração durante a Convenção e Exibição Europeia de Aviação de Negócios, que decorreu em Genebra. Referimo-nos ao HondaJet Elite II, que o fabricante define como “o avião da sua classe mais veloz, com maior autonomia e que voa a uma altitude superior”.
Concebido pela Honda Aircraft Company e fabricado nos EUA desde 2015, tendo já superado as 200 unidades vendidas, a segunda geração do HondaJet mantém a fuselagem em fibra de carbono e as asas em alumínio, o que lhe permite figurar entre os mais leves dos jactos particulares, com vantagens na performance e na autonomia. A Honda afirma que o Elite II já recebeu a certificação da Administração Federal de Aviação norte-americana, esperando em breve que a Agência Europeia para a Segurança da Aviação siga as pisadas dos seus colegas americanos.
O avião da Honda mantém-se fiel às turbinas GF Honda, agora na versão HF120, que asseguram 2050 libras de impulso cada. Isto permitiu melhorar a performance do jato da Honda, que eleva a velocidade de cruzeiro para 782 km/h e a autonomia (com quatro ocupantes a bordo) para 2865 km. A maior potência tornou possível descolar em pistas mais curtas, com apenas 1128 m de comprimento.
Com uma cabina em que cabem seis (standard) ou sete passageiros e um cockpit para dois pilotos (apesar do construtor anunciar que esta classe de jactos pode voar apenas com um piloto), o Elite II está equipado com o mais recente Garmin G3000, com o aparelho a incluir igualmente a função Emergency Autoland, uma espécie de piloto automático que controla e aterra o jacto sem intervenção do piloto. A Honda ainda não anunciou o preço, mas deverá rondar os 6 milhões de euros.