Talvez ainda não tenha tido oportunidade de conduzir um carro elétrico, talvez nem tenha pensado em comprar ou então já utiliza um, no dia a dia. Seja qual for o caso, é certo que estamos a viver os primeiros episódios da maior revolução no mundo automóvel desde que Henry Ford inaugurou a linha de produção em série, na fábrica de Highland Park, no Michigan.
Os primeiros Model T demoravam 12 horas a ser construídos. Mas a linha de montagem permitiu reduzir esse tempo para apenas 90 minutos, em 1914. E graças a essa economia, o Ford T chegou a ser vendido por menos de 300 dólares, cerca de 270 euros, um valor que ajudou a democratizar o automóvel e a garantir o acesso a novas experiências de mobilidade, com mais liberdade e autonomia.
É muito provável que uma transformação deste tipo volte a acontecer, mais cedo do que imaginamos, fruto do investimento em tecnologia, da redução dos custos de fabrico e da progressiva descida de preços. Essa dinâmica, aliás, já começa a ser notada em alguns mercados europeus e também em Portugal, com a chegada de novas propostas, sobretudo provenientes de marcas asiáticas. Muitos analistas acreditam que já ultrapassamos o ponto de inflexão, a partir do qual as vendas de veículos elétricos começam a suplantar as vendas de carros com motor de combustão.
Elétricos há 195 anos
Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, os veículos elétricos já existem há muito tempo. Com uma longa história de progresso, envolvendo inúmeros inventores, protótipos e muitos obstáculos no caminho, a conjuntura favorável e a capacidade tecnológica combinam-se agora para afirmar a mobilidade elétrica e o futuro elétrico do automóvel.
Os primeiros ensaios surgiram na primeira metade do século XIX, entre 1828 e 1835, quando os modelos ancestrais foram construídos por diferentes inventores na Hungria, nos Países Baixos e nos EUA. No final do século XIX, William Morrison apresentou o primeiro veículo elétrico funcional criado nos Estados Unidos. Tal como os outros desta época, era um carro de cavalos eletrificado, mas conseguiu despertar o interesse pelos veículos elétricos que, em breve seriam produzidos em massa.
Na Exposição Mundial de Paris, em 1900, a estrela foi o Lohner-Porsche Electromobile equipado com dois motores elétricos que lhe permitiam alcançar 37 Km/h. Este modelo era uma evolução do Egger-Lohner C.2 Phaeton, o primeiro elétrico concebido por Ferdinand Porsche, em 1898.
A baixa autonomia das baterias, as dificuldades de carregamento, o baixo preço da gasolina e duas guerras mundiais justificam a perda de interesse na tecnologia. Mas em 1947 nasceu o primeiro elétrico japonês, o Nissan Tama que tinha autonomia elétrica de 96 Km e atingia 35 Km/h. Nas décadas de 1960 e 1970 surgiram, nos EUA, diversos modelos elétricos compactos e citadinos, como os Citicars, mas sem alcançar grande sucesso.
Entre crises globais, choques petrolíferos e uma guerra fria, o próximo modelo a conquistar um lugar na história surgiu apenas em 1996. Desenvolvido pela General Motors para ser o primeiro veículo elétrico produzido em massa, o EV1 tinha autonomia para cerca de 140 Km e demorava 15 horas a carregar.
Em 2006, uma startup criada por um emigrante em Silicon Valley prometia um automóvel desportivo 100% elétrico com autonomia superior a 320 km. O Tesla Roadster foi o primeiro carro alimentado por baterias de iões de lítio, capaz de atingir 190 Km/h.
A Nissan voltou a acelerar a “revolução verde”, em 2010 com o Leaf, um carro elétrico acessível para o uso urbano e capaz de percorrer 160 Km sem paragens. A Tesla voltou a surpreender o mundo em 2012 com o lançamento do Model S, a primeira berlina elétrica de luxo que rapidamente se tornou um ícone. Um ano depois, a Renault introduziu o Zoe, o primeiro utilitário a bateria do construtor gaulês.
Desde 2013 até agora, a indústria automóvel tem vindo a adaptar-se à nova realidade da transição energética. A maioria dos construtores têm ou preparam-se para ter, modelos elétricos nas suas gamas. Ao longo dos últimos 10 anos, entre os modelos elétricos que devem ter lugar assegurado na história destacamos o Tesla Model 3, o Volkswagen ID.3, o Ford Mustang Mach-E, o Porsche Taycan, o Mercedes EQS e o Cupra Born.
Alguns fabricantes de automóveis já definiram metas para a extinção dos carros com tubo de escape e para a venda exclusiva de elétricos. Marcas como a Jaguar, que vai vender apenas carros elétricos a partir de 2025, ou a Volvo que vai seguir o exemplo a partir de 2030, são apenas dois exemplos entre dezenas de construtores que assumiram o compromisso de reduzir emissões e contribuir para alcançar a neutralidade carbónica tão cedo quanto possível.
Olá, PiscaPisca Green
Atenta à evolução da tendência de mobilidade elétrica, o PiscaPisca.Pt acaba de lançar um novo espaço exclusivo para a comercialização de veículos elétricos onde também podemos encontrar modelos híbridos e plug-in.
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Além do marketplace dedicado à compra e venda de carros usados, o Pisca Pisca passa a ser também o ponto de encontro de quem procura as últimas novidades em matéria de soluções de mobilidade, redes de carregamento e manutenção, produtos e serviços associados aos veículos elétricos nas diversas vertentes de utilização.
Com a sustentabilidade na ordem do dia, outra vantagem dos veículos elétricos passa pela redução do consumo de combustíveis fósseis, substituídos por energia elétrica de fontes renováveis. A transição para a mobilidade elétrica desempenha um papel fundamental na redução das emissões de gases de efeito estufa e na preservação do meio ambiente.
Dentro do PiscaPisca.Pt, a nova secção Green acrescenta uma camada de valor na resposta às necessidades de mobilidade no dia a dia de cada cliente, com propostas para todos os segmentos.
A escolha sustentável
Especialistas e investigadores académicos confirmam, em diversos estudos, que os veículos elétricos são sempre a opção mais sustentável. Mesmo quando se analisa o chamado coeficiente “well to wheel” (“do poço à roda” ou “WTW”) que é o somatório dos impactos da produção do combustível e da utilização dos veículos ao longo do ciclo de vida, incluindo também o impacto ambiental da produção e da eliminação do veículo.
A longa lista de benefícios da utilização dos veículos elétricos também inclui a capacidade de satisfazerem as necessidades de diferentes gerações e estilos de vida. Práticos e ágeis no trânsito da cidade, são ótimos para as viagens curtas, como o trajeto diário para o trabalho, deixar os miúdos na escola ou ir às compras. Atualmente, a maioria dos modelos consegue garantir autonomia suficiente para uma utilização quotidiana em meio urbano.
Com o avanço tecnológico das baterias, a autonomia dos carros elétricos tem aumentado bastante, permitindo que percorram distâncias maiores sem a necessidade de parar para recarregar. Contudo, nesta fase de maturidade do mercado, quem não quiser lidar com eventuais limitações no caso de viagens mais longas, tem a opção escolher um modelo híbrido plug-in, que combina um motor elétrico com um motor de combustão. Ganha sempre em flexibilidade porque pode percorrer pequenas distâncias em modo totalmente elétrico, continuando a ter disponível o motor de combustão que funciona de modo combinado com o elétrico, em viagens maiores, assegurando um consumo de combustível mais baixo.
Adequados a diferentes estilos de vida e necessidades de viagem, os automóveis elétricos ou híbridos dão aos condutores a certeza de estarem a contribuir para um futuro mais limpo e sustentável, com economia de recursos e benefícios ambientais significativos.
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