Quarenta e uma pessoas residentes no Complexo Habitacional do Canto do Muro, no Funchal, vão ser realojadas temporariamente no Regimento de Guarnição n.º 3 (RG3) devido a “problemas na estabilidade estrutural” de um edifício, indicou a Câmara Municipal.

“É um edifício que apresenta, hoje em dia, algumas patologias ao nível dos pilares e, portanto, a Câmara, que não pode de maneira nenhuma pôr em causa a segurança das pessoas, decidiu o realojamento temporário destas famílias no RG3, onde ainda hoje entrarão”, refere o vereador da Proteção Civil, Bruno Pereira, num registo áudio enviado aos órgãos de comunicação social.

A decisão do executivo camarário (PSD/CDS-PP) surge na sequência de uma vistoria conjunta entre técnicos da autarquia e do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC) efetuada esta manhã.

A “vistoria de atualização” decorre de um relatório de 2018, que sinalizou “problemas na estabilidade estrutural” do bloco II do Complexo Habitacional do Canto do Muro III, uma infraestrutura de habitação social gerida para Câmara Municipal do Funchal.

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A instabilidade do edifício agravou-se devido ao mau tempo que afetou o arquipélago entre segunda e terça-feira, com a passagem da depressão Óscar, que colocou a costa sul e as regiões montanhosas da ilha da Madeira em aviso vermelho durante 24 horas.

“Foi recomendado, por parte dessa vistoria conjunta, que a Câmara procedesse à retirada imediata das famílias”, disse Bruno Pereira, sublinhando que se trata de 14 famílias, num total de 41 pessoas.

“É uma situação que lamentamos, mas a atuação da Câmara terá de ser sempre no sentido de promover as condições de segurança”, reforçou. No RG3 já estão alojadas seis famílias, num total de 18 pessoas, devido ao deslizamento de uma plataforma de terreno nas zonas altas da freguesia de Santo António, ocorrido na terça-feira, que colocou em perigo as habitações.