A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira a prorrogação, até ao final do ano, do Passe Cultura, que permite aos jovens e idosos residentes na cidade o acesso gratuito aos 47 equipamentos culturais do universo municipal.

Em reunião pública do executivo municipal, a proposta apresentada pelo vereador da Cultura, Diogo Moura, foi aprovada por unanimidade, decidindo que o Passe Cultura, que estava previsto terminar em junho, se mantém disponível até ao final do ano.

O Passe Cultura foi aprovado no âmbito das medidas de combate à inflação destinadas a apoiar as famílias e as empresas da cidade, possibilitando o acesso gratuito aos equipamentos culturais sob gestão direta da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) “aos jovens até 23 anos inclusive e aos maiores de 65 anos inclusive, residentes em Lisboa”.

Outras das medidas é a manutenção dos preços de entrada nos equipamentos culturais sob gestão direta da EGEAC praticados em 2022, para os residentes em Lisboa, que também é prorrogada até 31 de dezembro deste ano.

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De acordo com o vereador da Cultura, nos primeiros seis meses e meio, entre 1 de dezembro de 2022 e 15 de junho deste ano, aderiram ao Passe Cultura “8.565 pessoas, sendo 5.993 até aos 23 anos e 2.572 com 65 anos ou mais”.

“Dos equipamentos com maior procura destacam-se o Lu.Ca — Teatro Luís Camões, o São Luiz Teatro Municipal, o Padrão dos Descobrimentos e o Museu de Lisboa — Palácio Pimenta”, indicou.

Considerando a “adesão expressiva” ao Passe Cultura, o vereador da Cultura defendeu que “se mostra adequada a manutenção da medida por forma a continuar a estimular a criação de hábitos de fruição cultural e a possibilitar um maior e mais facilitado acesso às expressões culturais da parte do público mais jovem e maior de 65 anos residente em Lisboa”.

Presentemente, estão sob gestão direta da EGEAC: Castelo de São Jorge (equipamento que já esta abrangido pela gratuitidade para todos os residentes de Lisboa, independentemente da idade); Padrão dos Descobrimentos; Cinema São Jorge; Teatro Municipal de São Luiz; Teatro do Bairro Alto; LU.CA — Teatro Luis de Camões; Casa Fernando Pessoa; Museu do Fado e da Guitarra Portuguesa; Museu da Marioneta; Museu de Lisboa, que integra cinco núcleos: Palácio Pimenta, Teatro Romano, Santo António, Torreão Poente e Casa dos Bicos; Museu Bordalo Pinheiro; Museu do Aljube Resistência e Liberdade; Atelier — Museu Júlio Pomar; e Galerias Municipais: Pavilhão Branco, Galeria da Boavista, Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, Galeria Quadrum e Galeria Avenida da Índia (equipamentos que são atualmente de acesso gratuito).

No total, são 47 equipamentos culturais do universo municipal, entre museus, teatros e monumentos.

Em comunicado, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), disse que o Passe Cultura “é mais um contributo para fazer de Lisboa uma cidade onde a cultura é para todos”.

O executivo municipal de Lisboa é composto por 17 elementos, dos quais sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), que governam sem maioria absoluta, quatro do PS, dois do PCP, um do BE, um do Livre e dois do Cidadãos por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).