A Parpública, empresa do Estado que gere participações sociais, contratou a auditora Ernst & Young (EY) e o Banco Finantia, banco de investimento português, para promover as duas avaliações independentes à TAP, no quadro do processo de privatização que foi anunciado pelo Governo para este ano.
Estas avaliações estão previstas na lei quadro das privatizações, a qual determina a realização de pelo menos duas avaliações feitas por entidades independentes. Este é o primeiro passo para o processo cujo diploma deverá ser publicado este verão.
O Governo ainda não revelou o modelo nem a percentagem que pretende colocar no mercado, mas tudo indica que a operação incidirá sobre a maioria do capital. O Estado poderá manter uma posição minoritária, mas o ministro das Infraestruturas, João Galamba, já indicou que os objetivos de interesse público serão fixados no caderno de encargos da privatização. E referiu que a maximização de receita para o Estado não será a prioridade.
Para além do interesse já sinalizado por dois dos três grandes grupos de aviação europeus, há também interessados fora do setor da aviação, nomeadamente fundos de investimento.
O Estado detém 100% do capital da TAP depois da ajuda pública de 3,2 mil milhões de euros atribuída à companhia aérea na sequência da pandemia.