O festival cultural que vai decorrer durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em agosto, pretende ser “uma expressão da fé dos jovens católicos de todo o mundo”, adiantou nesta sexta-feira a coordenadora da iniciativa Cláudia Lourenço.

“Vai ser uma expressão da fé dos jovens católicos — cristãos — do mundo inteiro. Vamos ter eventos de várias áreas. Vamos ter eventos de teatro, cinema, exposições, eventos religiosos, música. Dois torneios desportivos. (…) Estamos a falar de 500 eventos”, disse a responsável pela organização do Festival da Juventude da JMJ Lisboa 2023 à margem da apresentação do programa, no Cinema São Jorge, em Lisboa.

De acordo com a coordenadora, que organiza o evento em conjunto com o padre Hugo Gonçalves, além de Lisboa e Loures o festival da Juventude vai acontecer também nos concelhos de Almada, Amadora, Cascais, Oeiras e Torres Vedras.

Para o festival foram recebidas 520 candidaturas de mais de 50 países, tendo sido selecionadas 230 candidaturas de mais de 35 países e 2.500 participantes.

“A toda a hora vão poder encontrar um concerto de música. Teremos dois palcos grandes no Terreiro do Paço, na Alameda [Dom Afonso Henriques] e também espalhados pela cidade. Para nós é muito difícil destacar um evento, porque todos têm a sua qualidade e a sua importância neste universo do Festival da Juventude”, referiu a coordenadora.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Destacando não se tratar de eventos “exclusivamente religiosos”, Cláudia Lourenço explicou que o Festival da Juventude não é só para os peregrinos e inscritos na JMJ, sublinhando que é gratuito.

“São eventos abertos a todos aqueles que trabalham, que estudam, que vivem… Até aos turistas que estarão de visita a Lisboa nesses dias. Não são só eventos de cariz religioso, embora tenham alguma ligação com o tema da JMJ e que nós consideramos que teriam interesse para aqueles que estarão na cidade durante esses dias”, disse.

No total, o Festival da Juventude vai contar com 290 eventos de música, 80 religiosos, seis dedicados à dança, 38 conferências, 17 exposições, 27 de cinema, sete de teatro, dois de desporto, 35 de museus e cinco designados ‘All Around’, que vão acontecer em Almada, Amadora, Cascais, Oeiras e Torres Vedras.

“Portugal, França são Espanha são os países que se destacam pelo número de candidaturas, mas também temos do Malawi, do Uruguai e dos Estados Unidos da América”, disse Cláudia Lourenço, acrescentando que a organização tem “expectativas muito boas”.

Há cerca de três anos que estamos a trabalhar neste projeto. O festival (…) não é mais do que um prolongar do ambiente que se quer que se viva na cidade. Um ambiente de alegria, de festa, de partilha”, frisou.

Questionada sobre como os jovens irão deslocar-se entre vários momentos do festival, Cláudia Lourenço esclareceu que os eventos foram pensados para estarem nos sítios onde os jovens vão pernoitar, entre 1 e 6 de agosto.

“Não existirão muitas deslocações em massa para assistir a determinado evento (…). Nas cidades e vilas de acolhimento eles [jovens] já estarão lá, e, portanto, aproveita-se esse facto. Existirão eventos culturais nas próprias cidades e vilas de acolhimento”, concluiu.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a edição deste ano da JMJ, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.