A Junta de Freguesia do Parque das Nações lamentou esta sexta-feira a falta de informação sobre as restrições nesta zona durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e de um contacto por parte dos responsáveis pelo plano de mobilidade.

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Há vários meses que temos sido contactados pelos moradores preocupados como vão poder entrar e sair das suas casas e como é que o comércio vai funcionar nos dias da JMJ. Tinha a expectativa, há vários meses, que quando fosse divulgado o plano de mobilidade por parte do Governo, ainda antes dessa divulgação, que contactassem a junta de freguesia para podermos dar algum contributo para esse plano de mobilidade. Não fomos contactados“, disse à agência Lusa o presidente da Junta da Freguesia do Parque das Nações.

Carlos Ardisson questionou esta sexta-feira na Assembleia Municipal de Lisboa o coordenador do grupo de projeto do Governo para a Jornada Mundial da Juventude, José Sá Fernandes, sobre ainda não ter recebido qualquer contacto e se ainda seriam feitos esclarecimentos à junta de freguesia sobre o plano de mobilidade, tendo em conta que o Parque das Nações se situa junto a um dos locais, o Parque Tejo, onde vai decorrer o evento na primeira semana de agosto.

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Sá Fernandes não entrou em grandes pormenores e afirmou apenas que esse contacto tem de ser feito pela Câmara Municipal de Lisboa.

Hoje fiquei a saber, ao contrário do que o coordenador do Governo disse a 22 de maio que eu ia ser contactado e que a junta de freguesia teria essa informação, que afinal não vamos ser contactados. Ele [Sá Fernandes] entende que não tem nada a transmitir à Junta de Freguesia e que é essa responsabilidade é da Câmara Municipal de Lisboa“, lamentou à Lusa no final da Assembleia da Municipal.

Carlos Ardisson avançou que ficou “sempre com a expectativa que iria ter um contacto oficial por quem é responsável pelo plano de mobilidade” da JMJ.

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O autarca afirmou que já esteve em varias reuniões com a Câmara de Lisboa, tendo estado na semana passada num encontro onde foram apresentadas as zonas amarelas e vermelhas, o que permitiu publicar na página do Facebook da junta alguns esclarecimentos sobre as restrições.

Os moradores ainda não sabem tudo, não está totalmente explícito tudo“, disse, acrescentando que “faltam mais detalhes” e que esperava que fossem dados pelos responsáveis pelo plano da mobilidade.

Carlos Ardisson assegurou ainda aos moradores que “ninguém vai ser privado de entrar em sua casa, seja a pé ou na sua viatura, e que os comerciantes do Parque das Nações, mesmo aqueles que ficam dentro da zona vermelha, vão poder estar abertos”.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a edição deste ano da JMJ, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

A edição deste ano da JMJ conta com a presença do Papa Francisco, que estará em Portugal entre 2 e 6 de agosto.