Mais de 90 mil pessoas usufruem atualmente dos transportes públicos gratuitos para residentes até aos 23 anos e idosos em Lisboa, revelou esta terça-feira a Câmara, no dia em que se assinala um ano de entrada em vigor daquela medida. “Os passes gratuitos dos transportes públicos urbanos da Carris, Metropolitano e CP contam esta terça-feira já com 90.554 adesões“, precisou a autarquia num comunicado.

Citado na nota, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), disse que essas mais de 90.000 pessoas “equivalem a cerca de 16% da população” e congratulou-se com o alcance daquela que considera ser “uma das medidas mais importantes” do mandato. “Lisboa é das poucas cidades na Europa que têm transportes públicos gratuitos. Com esta medida, que não terá recuo, queremos dar um sinal muito claro de que estamos no sentido da descarbonização e de uma cidade mais limpa“, acrescentou. Para assinalar este primeiro ano, o presidente da Câmara entregou esta terça-feira de manhã um passe gratuito a uma munícipe com 91 anos.

Esta medida foi uma das principais bandeiras da coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) durante a campanha eleitoral para as autárquicas de 2021. O acordo entre a Câmara de Lisboa e a Transportes Metropolitanos de Lisboa, a empresa que gere os transportes na Área Metropolitana de Lisboa, permite o uso gratuito de transportes públicos aos residentes em Lisboa com idades superior a 65 anos, jovens até aos 18 anos ou estudantes do ensino superior até aos 23 anos, exceto nos casos de licenciaturas em medicina e em arquitetura, em que os passes são gratuitos até aos 24 anos. Em todos os casos é necessário ter residência fiscal em Lisboa.

A medida insere-se nas metas da sustentabilidade ambiental, no combate às alterações climáticas e na melhoria da mobilidade das pessoas, através da promoção de uma mobilidade eficiente, económica e ambientalmente sustentável.

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Neste âmbito previa-se, para 2022, uma despesa no montante máximo de 6,266 milhões de euros e, para os anos económicos de 2023, 2024 e 2025, uma verba de até 14,9 milhões de euros para cada ano.